"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA FAVORECE RODRIGO MAIA CADA VEZ MAIS


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Fraqueza dos adversários possibilita eleição de Maia

A judicialização da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, pelos candidatos Rogério Rosso (PSD-DF) e Andre Figueiredo (PDT-CE), que entraram no Supremo Tribunal Federal com ações questionando a legitimidade da reeleição de Rodrigo Maia, vem favorecendo e muito a candidatura do atual presidente da Casa. Isso se dá porque a grande maioria dos deputados acha que esta é uma questão totalmente “interna corporis” e por assim ser deve ser resolvida somente pela Câmara, sem ingerência do Poder Judiciário.
Eles entendem que já está mais do que na hora da Câmara do Deputados retomar seu importantíssimo papel institucional e deixar definitivamente de levar seus problemas internos ao STF.
Rodrigo Maia (DEM-RJ) detém, até o momento, a esmagadora maioria dos votos de seus pares e é considerado o franco favorito para o cargo.
OS AZARÕES – O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), também candidato é sempre lembrado por seus pares pelo bom trabalho que realizou como relator, na Comissão do Impeachment, da processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff, na Câmara.
O nome de André Figueiredo, que foi-ministro das Comunicações do governo de Dilma Rousseff e representa a Oposição, não tem nenhuma chance e é encarada pelos parlamentares como uma candidatura de protesto, para marcar presença na eleição.
Rogério Rosso foi eleito como presidente da comissão especial do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, na Câmara dos Deputados e surpreendendo muitas expectativas dos que o achavam inexperiente fez um trabalho considerado extremamente eficiente.
CRÍTICAS – Pesa contra Rosso sua sofrível gestão como governador do Distrito Federal, cargo para o qual foi eleito indiretamente em turno único, pela Câmara Legislativa , com 13 votos, em 17 de abril de 2010. Durante seu governo, a mulher Karina Curi Rosso protagonizou bizarras interferências na administração, lembradas até hoje pela imprensa de Brasília.
Aliás, entre os conhecedores dos bastidores da cidade, Rogério Rosso é conhecido como o genro de Roberto Curi, dono da rede Curinga dos Pneus, um dos empresários mais ricos de Brasília,que curiosamente e despropositadamente o acompanhou, em um recente encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, embora não seja político nem ocupe nenhum cargo na administração pública.
NA CONTA DO SOGRO – Na prestação de contas à Justiça Eleitoral, Rosso declarou ter arrecadado R$ 1,4 milhão, dos quais R$ 1,2 milhão tiveram como origem as empresas de seu sogro.
E muitos na Capital Federal acham que a família de Rosso está deslumbrada com a idéia de que ele venha ser eleito presidente da Câmara dos Deputados e possa ocupar a presidência da República, já que agora o país está sem vice e ele é o primeiro na linha sucessória de Temer.

09 de janeiro de 2017
José Carlos Werneck

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