Na quinta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a investigação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base no conteúdo da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) que veio a público nesta quinta-feira, 3. “Qualquer sinal revelador de desvio de conduta precisa ser apurado”, afirmou. Mas na sexta-feira, criticou a condução coercitiva, dizendo que o juiz Sérgio Moro exagerou, porque esta medida só deve ser tomada em último caso. Em Curitiba, o juiz ponderou que a medida foi tomada para evitar tumultos, como o ocorrido no Fórum da Barra Funda, semana passada.
O ministro Celso de Mello, decano no Supremo, demonstrou preocupação com as informações na delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e disse que “o Brasil fica numa situação complicada”. “Isso fragiliza o Brasil em termos de responsabilidade internacional”, ele afirmou. O ministro admitiu, no entanto, que é muito cedo para que a delação reforce o embasamento para o pedido de impeachment contra a presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O posicionamento do ministro Marco Aurélio é da maior importância. Depois que Dilma nomeou a filha dele para desembargadora federal, o ministro tem se tornado um pouco governista, digamos assim. Na quinta-feira, acordou para a realidade e veio fazer coro com Celso de Mello, que deu entrevista dizendo que as maiores autoridades do país não podem ser isentas de investigação. Os ministros do Supremo enfim estão lembrando que os governos passam, mas a Justiça permanece e a biografia deles precisa ser preservada. O país precisa confiar na Justiça e sobretudo no Supremo. Caso contrário, instaura-se o caos e a ditadura sobrevém, o que não se pode desejar. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O posicionamento do ministro Marco Aurélio é da maior importância. Depois que Dilma nomeou a filha dele para desembargadora federal, o ministro tem se tornado um pouco governista, digamos assim. Na quinta-feira, acordou para a realidade e veio fazer coro com Celso de Mello, que deu entrevista dizendo que as maiores autoridades do país não podem ser isentas de investigação. Os ministros do Supremo enfim estão lembrando que os governos passam, mas a Justiça permanece e a biografia deles precisa ser preservada. O país precisa confiar na Justiça e sobretudo no Supremo. Caso contrário, instaura-se o caos e a ditadura sobrevém, o que não se pode desejar. (C.N.)
04 de fevereiro de 2016
Gustavo Aguiar
Estadão
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