"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ALÉM DOS R$ 88.9 MILHÕES, SANTANA AINDA RECEBIA POR FORA...



Santana e Mônica mostram que fazem tudo por dinheiro



















Uma offshore aberta no Panamá, a Shellbill Finance SA, que seria do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia Mônica Moura, é o foco central das investigações da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira, 22.
A força-tarefa da Lava Jato encontrou evidências de que entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 o operador de propinas Zwi Skornicki – preso na Acarajé – efetuou a transferência no exterior de pelo menos US$ 4,5 milhões por meio de nove transações. Em outra frente, a força-tarefa também rastreou pagamentos de offshores ligadas à Odebrecht para a Shellbill que totalizaram US$ 3 milhões entre 2012 e 2013.
A conta mantida no exterior pelos publicitários João Santana e Mônica Moura, profissionais então responsáveis pelo marketing da campanha eleitoral do PT “não foi declarada às autoridades brasileiras”, informa o Ministério Público Federal.
Acarajé era o nome usado pelos investigados dessa nova fase da Lava Jato para falar de dinheiro – da mesma forma que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava o termo ‘pixuleco’ para se referir a valores de propinas.
Estão em cumprimento 51 mandados de prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de ativos, para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobrás.
PAGAMENTOS OCULTOS
O esquema, segundo as suspeitas, se dava “por meio de pagamentos ocultos feitos no exterior pelo operador financeiro Zwi Skornicki e por offshores controladas pelo Grupo Odebrecht em favor dos publicitários João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura”.
Preso nesta segunda-feira, Zwi Skornicki já era investigado na Lava Jato por ser um dos operadores financeiros que pagaram propinas para funcionários do alto escalão da Petrobrás e da Sete Brasil – empresa criada pela estatal para fornecer sondas de perfuração marítima para exploração do petróleo dos campos do pré-sal -, como o ex-diretor de Serviços Renato Duque, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco e Eduardo Musa. “Bem como para o Partido dos Trabalhadores. Entre 2003 e 2013, pagou mais de uma dezena de milhões de dólares em propina, parte do que foi objeto de prova documental consistente em comprovantes das transferências feitas no exterior a partir de conta controlada por Zwi diretamente para contas controladas por aqueles funcionários públicos”, informa a força-tarefa da Lava Jato.
Segundo os colaboradores, os pagamentos foram feitos em benefício de contratos bilionários feitos pela empresa Keppel Fels com a Petrobrás e Sete Brasil.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A reportagem do Estadão, enviada pelo comentarista Moacir Pimentel, mostra que a avidez de João Santana e sua mulher por dinheiro é algo incrível, fantástico e extraordinário, como dizia Henrique Foreis, o Almirante da Rádio Nacional. Eles já haviam recebido R$ 88,9 milhões pela campanha que elegeu Dilma Rousseff em 2014 e ainda se arriscaram em receber mixarias, pixulecos ou acarajés em paraíso fiscal. Francamente, isso significa gostar mais de dinheiro do que de liberdade. É caso para psiquiatra, porque nem Freud explica. Ou melhor, a única explicação pode ser o fato de Santana estar no sétimo casamento. As seis mulheres anteriores devem estar custando os olhos da cara, como se dizia antigamente… (C.N.)

22 de fevereiro de 2016
Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Andreza Matais
Estadão

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