"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

A "ISLAMOFOBIA" E O POLITICAMENTE CORRETO


ixpo

Nesse paradigma, se você criticar o Islã, você é um racista. O Islã tornou-se inatingível, exceto para elogios, ou, pelo menos, aceitação neutra.
A preocupação com a "islamofobia" é parte da degradação cultural.

De acordo com um plano de 10 anos da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) para implementar a Resolução das Nações Unidas 16:18, que criminaliza toda a crítica ao Islam em todo o mundo, a Casa dos Representantes dos EUA emitiu a H. Res. 569, condenando a violência, intolerância e "retórica de ódio" para com os muçulmanos nos Estados Unidos.
Essa proposta vem na esteira da promessa da procuradora-geral da República Loretta Lynch, após o atentatado em San Bernardino, de processar alguém culpado de discurso anti-muçulmano. É claro que a Sra Lynch está disparando um canhão numa mosca. De acordo com o relatório Uniform Crime Report do FBI, houve 1014 casos de crimes de ódio motivados por preconceito religioso em 2014. Desses, 154 – 15,2 por cento – foram anti-islâmicos. Mais da metade foram incidentes anti-semitas. Não só isto é mais um exemplo de que a administração Obama exagera ameaças menores, mas sugere também uma ignorância ou evasão insensível da Primeira Emenda.
As elites progressistas acusam aqueles que condenam o extremismo muçulmano de serem eles mesmos extremistas – alegando que a censura ao Islã radical é uma crítica indiscriminada de todos os muçulmanos. Aqui está um exemplo do que os progressistas chamariam de "islamofobia", apelidado apropriadamente por Andrew Cummins como uma palavra "criada por fascistas, usada por covardes, para manipular idiotas."
De acordo com uma pesquisa da Pew Research em 2013, 10% dos muçulmanos (160 milhões) apoiam a violência de motivação religiosa contra os civis em determinadas situações. 15% acreditam que a execução é justificada para apostasia e quase 23% justificam a matança de mulheres que fazem sexo extraconjugal. Desde 11/9, houve mais de 20 mil ataques terroristas ligados ao Islam.
Por que então as elites progressistas acusam os críticos do Islam radical de islamofóbicos? De acordo com o primeiro-ministro francês Valls, essa tática é uma arma dos apologistas do Islã para silenciar seus críticos. É um porrete do politicamente correto para silenciar a oposição.
O que surgiu com esta campanha do politicamente correto é um ataque frontal à liberdade de expressão. Nesse paradigma emergente, se você criticar o Islã, você é um racista. O Islã tornou-se inatingível, exceto para elogios, ou, pelo menos, aceitação neutra.
Esta tentativa de silenciar as vozes de oposição e de análise crítica ganhou adesão, como a resolução sugeriria. Claramente uma resolução não é uma lei e, presumivelmente, os membros do Senado vão rejeitar a proposta, no entanto, é preocupante que uma Casa liderada por republicanos tenha sequer considerado a idéia de se opor ao discurso anti-muçulmano. Todo americano, obviamente incluindo os muçulmanos, tem o direito inalienável de viver sem medo e intimidação e praticar idéias religiosas sem interferência.
A questão é a prática da fé de alguém que possa ser incompatível com as disposições da Constituição, incluindo a manutenção das leis da terra e esperando o cumprimento pelo cidadão dessas leis. Tashfeen Malik e Syed Pizwan Farook, que mataram 14 dos colegas de trabalho de Farook e feriram dezenas de outros em San Bernardino, Califórnia, foram radicalizados em uma mesquita, segundo relatórios recentes. Eles não respeitaram as leis dos EUA, apesar do fato de que Farook era um cidadão americano. Aqui está o busílis. Os muçulmanos são livres para buscar a sua fé, mas quando ocorre radicalização que desafia a segurança nacional e nosso modo de vida, a censura é apropriada. Isto não é islamofobia, é senso comum. A retórica deve ser condenatória, mesmo que muitos membros da Casa não vejam dessa forma.
A liberdade de expressão não é apenas leve e doce; representa as dimensões ásperas da vida. A preocupação com a "islamofobia" é parte da degradação cultural. Vários anos atrás, o filósofo Mortimer Adler disse: "A cultura não é morta por conflitos políticos, mesmo quando eles atingem a violência avassaladora da guerra moderna, e nem por revoluções econômicas, mesmo quando envolvam os deslocamentos de levantes em massa modernos. Uma cultura morre de doenças que são elas próprias culturais. Pode nascer doente, como a cultura moderna o foi, ou pode decair pela insuficiente vitalidade para superar forças destrutivas presentes em todas as culturas, mas em qualquer caso, a desordem cultural é uma causa e não um efeito de perturbação política e econômica que assola o mundo hoje em dia."

Se Adler está certo, pode-se perguntar como pode a cultura ser imunizada contra um politicamente correto que protege a violência potencial e corrói os alicerces da nação”?
06 de fevereiro de 2016
Herbert London é presidente do London Center for Policy Research, senior fellow do Manhattan Institute e autor do livro The Transformational Decade (University Press of America).

Publicado no Accuracy in Media - http://www.aim.org
Divulgação: Papéis Avulsos - HeitorDePaola.com
Tradução: William Uchoa

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