Brasília - Antes mesmo de iniciar o processo de impeachment para expelir a Dilma do Palácio do Planalto, é preciso interditá-la para que ela pare de falar tanta besteira quando abre a boca. Nos últimos dias, a presidente tem dado demonstração de que não anda bem da cabeça e deveria se submeter com certa urgência a tratamento psiquiátrico, pois as frases desconexas e o comportamento alienígena são sinais de distúrbios mentais. A coleção de besteirol e a troca de nomes nas solenidades mostram uma presidente atormentada que será lembrada mais pelo folclore do que por suas ações administrativas, quase nulas.
A coleção de bobagem da presidente aqui e no exterior constrange a todos nós brasileiros. Como se não bastasse o caos econômico e administrativo que afunda o país em uma de suas maiores crises, ainda temos que nos envergonhar toda vez que ela abre boca. Dilma lembra muito a Ofélia, a comediante que fazia par com Lucio Mauro, e dava vexames quando ele recebia visita em casa, que ficou conhecida pelo bordão de “Cala boca, Ofélia”.
Atolada num mar de lama até o pescoço, a presidente está levando o país para um buraco negro. Não se posiciona como um estadista, não tem projetos para o Brasil e vire e mexe convida políticos e empresários para apresentar factoides no Palácio do Planalto como se o brasileiro ainda acreditasse nessas fantasias mirabolantes e delirantes de uma presidente sem carisma, que não lidera o país e demonstra sinais visíveis de desequilíbrio comportamental.
Encurralada dentro do Planalto, cercada de corruptos da Lava-Jato, refém do PMDB, Dilma não tem mais condição de governar o país porque perdeu o apoio popular da maioria absoluta do povo. Com apenas 9% de aprovação, agarra-se como pode aos peemedebistas que, nos bastidores, conspiram contra ela com a ajuda de Lula, o lobista de luxo das empreiteiras. Desesperada com a possibilidade do PMDB deixar a base aliada, pediu desesperadamente que Michel Temer ratificasse o apoio do partido ao seu governo para acalmar os empresários, os políticos e o mercado financeiro em pânico com o rumo da economia.
Quem acompanha os bastidores da política, sabe que Michel estava constrangido na coletiva de imprensa ao afirmar que permaneceria na articulação política do governo. Os peemedebistas têm feito reuniões frequentes para encontrar uma solução que tire a Dilma da presidência sem traumas constitucionais. Num politiquês mais claro: o PMDB quer a substituição dela pelo Michel, seu vice, sem arranhões à ordem jurídica e democrática como aconteceu com Fernando Collor. O próprio Michel tem sido avisado da conspiração que conta ainda com Lula, também enrolado na lama da corrupção da Lava-Jato. Portanto, a entrevista onde ele aparece para desfazer a notícia da sua saída da articulação do governo é coisa para inglês ver, truque de um político experiente que dissimula os conchavos, mas que está envolvido neles até o pescoço.
Para Michel, permanecer dentro do Planalto como uma espécie de chefe de departamento de pessoal é, no mínimo, um desrespeito a sua trajetória política. Presidente do maior partido da base de sustentação do governo, o vice pode ser chamuscado pela quadrilha que se alojou dentro do palácio, como acusam todos os delatores da Lava-Jato. A sua permanência nesse grupo serve de salvo-conduto para todos que estão envolvidos nos escândalos da corrupção e que vão continuar se escudando no seu prestígio para seguir com as suas práticas criminosas.
Aparecer falando à nação, cercado de auxiliares da Dilma, é, para Michel, um ato desabonador , pois com exceção do ministro Aldo Rebelo, uma das únicas reservas morais do governo, todos que estavam à mesa na coletiva estão sendo investigados por corrupção na operação Lava-Jato.
07 de julho de 2015
Jorge Oliveira
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