Argumenta-se corretamente que o estado brasileiro é patrimonialista, ou seja, emprega o velho mercantilismo, limitando e controlando mercados, para proteger e beneficiar aqueles próximos ao círculo do poder, penalizando a população.
Porém poucos atentam explicar a origem da estratégia e identificar os principais elementos da intervenção estatal na economia. A origem são as políticas de incentivos a industrialização tomadas pela ditadura de Napoleão III, o primeiro presidente eleito da França que depois de um golpe de estado se nomeou Imperador e governou de 1848 a 1870.
O tripé econômico de Napoleão III consistia na provisão de infra-estrutura em transportes [ferrovias e portos] e comunicação; nos gastos em construção civil [reconstrução e modernização de Paris e outras cidades] e criação de novos bancos para ofertar e baratear o crédito para indústria e agricultura.
Ora, não é preciso ser um gênio para perceber que após a era Vargas quase todos os governos brasileiros macaquearam essas estratégias, JK com a construção de Brasília e rodovias e incentivos fiscais para a indústria; a Ditadura Socialista Militar com o BNH, BNDES, o funesto crédito rural, ferrovia do aço, Angra I, II…, n; e nos últimos 12 anos com o lulo-petismo hoje levado adiante pela gerentona 1,99 Dilma Rousseff.
Se a Napoleão III pode-se dar crédito ao boom das ferrovias [com uma média de 3kms por dia de estradas construídas por 20 anos], efetiva industrialização da França, a maravilhosa reforma de Paris sob o encargo de Haussmann, e criação de bancos de fomento a construção civil e industria, o BNH e BNDES franceses Crédit Foncier e Crédit Mobilier; tudo isso a um custo fiscal brutal, repleto de pedaladas fiscais e corrupção.
Se a Napoleão III pode-se dar crédito ao boom das ferrovias [com uma média de 3kms por dia de estradas construídas por 20 anos], efetiva industrialização da França, a maravilhosa reforma de Paris sob o encargo de Haussmann, e criação de bancos de fomento a construção civil e industria, o BNH e BNDES franceses Crédit Foncier e Crédit Mobilier; tudo isso a um custo fiscal brutal, repleto de pedaladas fiscais e corrupção.
Contrariamente ao que ocorreu com Lula e Dilma que destruiram a economia brasileira, o projeto napoleônico não gerou a ruína econômica da França porque dois dos fundamentos da economia não foram conspurcados pelo intervencionismo Napoleônico e paradoxalmente protegeram o governo de si mesmo: o padrão ouro e o livre-comércio.
Sob o padrão ouro o governo Francês tinha uma política monetária limitada que o impedia de financiar seus gastos perdulários pela inflação. Apesar da longa tradição francesa de protecionismo, Napoleão III entendia a importância do comércio internacional e da competição externa e burlou a opinião pública e as FIESPs francesas fazendo acordos bilaterais de livre-comércio que efetivamente criaram um bloco de tarifas baixas na Europa ocidental.
12 de junho de 2015
in selva brasilis
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