"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

QUATRO MOTIVOS PELOS QUAIS LULA ATUA COMO COORDENADOR POLÍTICO DO GOVERNO

Sem ele, Dilma não conseguirá governar.

                                    
Falta de habilidade política de Dilma

A presidente Dilma Rousseff nunca foi uma política habilidosa. Trata os aliados com costumeira grosseria, o que provoca diversas reações. O ex-presidente Lula, por outro lado, procura escutar os aliados, ainda que não atenda a todos os seus pedidos. Dilma, muitas vezes, nem os recebe. É uma reclamação generalizada entre os deputados e senadores da base de apoio do governo no Congresso.

Fortalecimento da oposição

Apesar da derrota do senador Aécio Neves (PSDB), a oposição foi reforçada com a eleição de Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Serra (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o Senado, além do próprio Aécio, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR). Em termos de qualidade, uma bancada de dar inveja. Sem ele em campo será praticamente impossível garantir a governabilidade de Dilma.

Desidratação nas urnas

A base de apoio do governo saiu das urnas menor. O Partido dos Trabalhadores pagou caro pelo desgaste dos 12 anos no governo. A bancada caiu de 88 deputados eleitos em 2010 para 70. Foi a maior perda. Para piorar, a fragmentação partidária dificulta a tentativa de diálogo. Na Câmara, fala-se em formação de um bloco com mais de 150 deputados da base, que não aceitariam as propostas do governo sem negociá-las. Lula é visto com bons olhos pelos deputados. Dilma? Não.

Eleições de 2018

Lula movimenta-se para voltar em 2018. Só o fará se a economia estiver em boa situação, o que não ocorre atualmente. Acontece que o mercado financeiro tinha confiança na política econômica adotada no governo dele. Em relação à Dilma, chovem críticas sobre o seu estilo centralizador. Lula foi ortodoxo na condução da economia. Dilma pensa diferente dele. E age diferente.

Dilma e Lula, conversa ao pé do ouvido (Foto: Arquivo Google)Dilma e Lula, conversa ao pé do ouvido (Imagem: Arquivo Google)

07 de novembro de 2014
Gabriel Garcia
in blog do noblat

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