"Obrigado. Nós amamos vocês", foi a manchete do jornal alemão Bild ao final da partida Brasil-Alemanha.
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A derrota para a Alemanha foi uma surpresa? Não, de maneira nenhuma. A derrota por goleada foi outra surpresa? Não mesmo. A derrota por 7 gols a 1 foi, finalmente, uma surpresa? Sim, sem dúvida.
Apostava, antes do início da partida entre Brasil e Alemanha, que seria uma goleada de uns 4 a zero para os panzers de Joaquim Lowe. O time brasileiro perdeu para uma grande seleção, que jogou como os torcedores brasileiros gostariam que a nossa seleção se apresentasse.
Os alemães com o placar favorável de 5 a zero jogavam como se a partida estivesse empatada: com garra, vontade, classe e humildade. Viu-se em diversas oportunidades o atacante e goleador Muller tirando uma bola, com perigo de gol, na sua própria área.
No outro lado do campo percebia-se o atacante brasileiro Fred, que não marcava gol, não marcava os adversários, nem coisa nenhuma, flanando pelo gramado como se estivesse curtindo uma manhã de domingo no parque Mangabeiras. Um inútil. Simples assim.
No outro lado do campo percebia-se o atacante brasileiro Fred, que não marcava gol, não marcava os adversários, nem coisa nenhuma, flanando pelo gramado como se estivesse curtindo uma manhã de domingo no parque Mangabeiras. Um inútil. Simples assim.
Não fosse a insistência de Felipão não deveria nem ser convocado, não fosse pela falta de qualidade, no mínimo por lesões crônicas. Mas prevaleceu a vontade da comissão técnica, como a do ex-treinador Parreira – único técnico do mundo a ser demitido no andamento da Copa na África do Sul – e pelo auxiliar técnico Murtosa. Lembram dele, um bigodudo assemelhado ao chefe, que senta ao lado de Felipão no banco de reservas?
Conseguem, leitores, visualizar a expressão de inteligência desse rapaz, acompanhando o jogo e trocando de ideias com Felipão? Um assombro. O que impede de o Brasil ter um técnico estrangeiro, como muitas seleções os têm? Por que insistir em Dungas, Manos e Felipões?
Antes do jogo com o Brasil, a Alemanha atuou contra cinco equipes, das mais variadas escolas de futebol. Empatou com Gana no tempo normal e ganhou dos Estados Unidos de 1 a zero. Contra a Argélia, suou para fazer dois gols contra um do adversário. Ou seja, apesar da superioridade alemã, os adversários tinham dignidade.
Antes do jogo com o Brasil, a Alemanha atuou contra cinco equipes, das mais variadas escolas de futebol. Empatou com Gana no tempo normal e ganhou dos Estados Unidos de 1 a zero. Contra a Argélia, suou para fazer dois gols contra um do adversário. Ou seja, apesar da superioridade alemã, os adversários tinham dignidade.
Felipão contratou olheiros: o ex-jogadores Alexandre Gallo e Roque Júnior – por sinal grandes estrategistas com reconhecimento internacional - que mostraram a Felipão como armar o time para ganhar dos alemães. Deu no que deu. Armar o time brasileiro sem levar em conta o excelente meio de campo da Alemanha, desconsiderando a qualidade técnica de um Kedira, do clássico Schweisteiger e de um Kross, consagrado como o melhor do jogo pela FIFA, é suicídio. Armar o time brasileiro com um franzino Bernard, reserva de um time da Ucrânia, contra grandalhões, tendo outras opções no banco, é burrice.
Por que manter um Fred que se arrastava em campo e sequer chutou uma bola em gol? E qual motivo de insistir num Hulk que joga alguma coisa parecida com futebol? O Brasil perdeu dois bons jogadores, Thiago Silva e Neymar, mas se jogassem não acredito que alteraria o placar.
Durante a semana, em vez de ficar se lamentando com a ausência de Neymar, com discursos inapropriados, bobos e palhaçadas como “nós tóis”, se os jogadores aproveitassem a situação exclusivamente para focar no jogo, o resultado poderia ser menos humilhante. Perder não é feio. Faz parte do jogo. Agora, perder 7 a 1, ao ritmo de uma valsa de Carl Von Werner, é vergonhoso pela apatia e pela falta de dignidade.
Em seis minutos, ainda no primeiro tempo, era como se chegasse aos ouvidos dos brasileiros o som de Cavalgada das Valquírias de Wagner, ritmando os panzers alemães enchendo a rede de Júlio Cesar com gols atrás de gols.
Com salários obscenos de milhões de euros para chutar uma bola, carrões último tipo, casas luxuosas, brincos de brilhante e colares de ouro, tatuagens grosseiras por todo o corpo, sempre a tiracolo com louras de farmácia espevitadas, são esses tipos que milhões de brasileiros desejariam transformar em heróis na partida final do próximo domingo. Ainda bem que não chegamos lá.
Os brasileiros merecem outro tipo de herói : o homem comum, esse mesmo, que consegue sobreviver apesar de um sistema educacional medíocre, de um sistema de saúde pública vergonhoso, com a violência diária ceifando vidas de gente de bem , de políticos corruptos e governos vigaristas.
09 de julho de 2014
Nilson Borges Filho
in aluizio amorim
09 de julho de 2014
Nilson Borges Filho
in aluizio amorim
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