"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ESCOLHA DE SOFIA NA PÁTRIA SEM CHUTEIRAS


 

O leitor pode não ter percebido, mas há uma relação estreita entre futebol e política. Aliás, entre política e todas as atividades em um país.

Para comprová-lo, no Brasil subjugado pelas políticas ideológicas deletérias do partido dominante (a pouco de se tornar partido único, se não for impedido), basta contratar-se qualquer serviço para se ver que o profissional nada entende do que se propõe a fazer. Naturalmente, se comparecer no horário marcado, pois o mais provável é que, sem nenhum remorso, deixe o contratante esperando, sem ter a quem reclamar.

Voltemos ao Futebol. Todos protestamos contra os juízes que não marcam pênaltis, impedimentos, faltas graves, contra os nossos adversários, nem lhes dão cartões amarelos ou vermelhos quando merecem, mas, em compensação, o fazem contra nós, quando não merecemos.

Isso é reflexo do desapreço que nós inspiramos nos juízes. O brasileiro está desmoralizado, perdeu todo o respeito das outras nações. Fenômeno semelhante, observamos nas relações exteriores quando, por exemplo, todos os candidatos a postos em organizações internacionais que o governo brasileiro apoia são derrotados, e nossa pretensão de ter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU é ridicularizada.

E ainda temos o desprazer de ver um diplomata inexpressivo, travestido de Ministro da Defesa, dizer a uma jornalista recalcada e “de mal com a vida” que encontraria dificuldade em pedir perdão à Nação pelo mal que o Itamaraty teria causado, durante o período da redentora Revolução de 31 de Março. Ele, sim, deveria pedir perdão pelo mal que causou à diplomacia Brasileira, desmoralizando-a e destruindo-lhe a tradição de coerência, eficiência e respeito que construiu ao longo de muitas gerações.

Não nos deveríamos, portanto, surpreender com a derrota por 7 a 1 contra a Alemanha. Deveríamos, tão somente, comemorar o gol feito, que nos salvou da desonra maior de perder por zero.

Também não deveríamos nem pensar em culpar os jogadores ou o técnico pelo revés.

Boa parcela da culpa cabe a formadores de opinião desqualificados, que depreciam tudo o que é nosso, e criam o clima de insegurança que nos domina e condiciona. Sim, esses mesmos, que esbravejam que o juiz errou ao marcar algo em nosso benefício, que o nosso jogador estava impedido, que não foi pênalti, que cavou a falta, não obstante, usam afirmações no sentido inverso, para defender o antagonista em situação semelhante.

Os verdadeiros culpados, porém, são os políticos, que mataram a esperança, que minaram toda a confiança dos brasileiros e, agora, se servem da Copa do Mundo para obter vantagem e alcançar seus objetivos escusos.

Que não hesitam em desmoralizar as Instituições para se perpetuarem no poder e continuarem a roubar, impunemente, o trabalho suado dos brasileiros. Além, é claro, de soltar os seus bandidos, quando condenados por se deixarem “apanhar com a mão na botija”.

Que, além de tudo isso, estão completamente fora da realidade e parecem ainda acreditar em que ter sido guerrilheiro durante os governos militares sensibiliza os eleitores.

Pessoalmente, jamais os perdoaremos por nos impor a escolha sem sentido, entre continuar a ter um terrorista como presidente da república ou tê-lo como vice-presidente.

“Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”.

09 de julho de 2014
Luís Mauro Ferreira Gomes é Coronel-Aviador, Vice-Presidente do Clube de Aeronáutica e Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.

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