"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

PF pode entrar no caso de venda ilegal de ingressos da Copa, se houver evidência de lavagem de dinheiro


O governo da Fifa funciona perfeitamente, conforme demonstrou hoje de madrugada. A força britânica, em todos os bastidores de poder, também. O inglês suspeito de ser integrante de uma quadrilha internacional de cambistas de ingresso de futebol, que atuava na Copa de 2014, que ontem à tarde foi tirado da suíte do Copacabana Palace para uma cela especial da delegacia da Praça da Bandeira (perto do Maracanã) voltou ao luxuoso cinco estrelas por ordem da ultra-rápida Justiça Brasileira – aquela da qual o Joaquim Barbosa deseja se aposentar precocemente.

As investigações da venda ilegal de ingressos da Copa são comandadas pelo delegado Fábio Barucke, titular da 18ª DP, junto com o promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Investigação Penal do Rio de Janeiro. Nem a Polícia ou o MP confirmam tal informação, mas a principal suspeita é que os ingressos desviados não sirvam apenas para venda no câmbio negro – onde poderiam render R$ 200 milhões. Na verdade, a venda dos tickets encobriria uma refinada operação de “lavagem de dinheiro”. Por isso, a Polícia Federal e a Receita Federal podem entrar no caso que, pelo menos até agora, por milagre, não indica ter político brasileiro envolvido. Mas, se for feita uma devassa, tudo pode acontecer.

Raymond Whelan, de 64 anos, diretor-executivo da Match Services (empresa associada à Fifa que tem a exclusividade de vender pacotes de ingresso para a Copa) está livre, leve e solto – embora seu advogado Fernando Fernandes, em tática inteligentíssima, tenha deixado o passaporte britânico do cliente acautelado judicialmente. Raymond teve sua prisão considera “ilegal e arbitrária”, e teve um habeas corpus concedido, no meio da madrugada, pela desembargadora Marília Castro Neves Vieira, de plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.



Embora tenha ficado preso 12 horas pela Polícia Civil, Raymond Whelan negou qualquer ligação com o argelino naturalizado francês Mohamadou Lamine Fofana – preso sob acusação de integrar o esquema de venda de ingressos a preços superfaturados, no chamado “câmbio negro” (expressão que a patrulha ideológica do politicamente correto deveria mudar para “câmbio da elite branca”). Morando no Brasil há dois anos, Raymond só não conseguiu explicar aos investigadores por que seu aparelho celular, cedido pela Fifa, recebeu ou enviou 900 telefonemas ou mensagens de sms com o aparelho do argelino Fofana. Raymond aparecia no telefone de Fofana com o nome de “Ray Brasil”. Mesmo solto, Raymond Whelan será intimado a depor, posteriormente.

A Match é uma empresa poderosa. Pertence a sete pessoas da família Byrom, de origem mexicana: o diretor-geral Jayme, seu irmão Enrique, além de Carol, Harry, Ivy, Robyn e Aracelli; os outros dois donos são o diretor de marketing da Byrom, John Parker, e a esposa dele, Ingrid Parker. A subsidiária Match Services oferece serviços de ingressos ao público em geral e hospedagem. Já a Match Hospitality cuida de camarotes, ingressos de primeira classe, suítes, alimentação, transporte e outros mimos para clientes VIPs e empresas. Essa divisão da Match é ligada a Phillipe Blatter, sobrinho do poderoso presidente de Fifa, Joseph Blatter.

Sediada em Zurique, mesma cidade paraíso fiscal onde funciona a Fifa, a Match Services tem escritórios em Johannesburgo e no Rio de Janeiro. Os irmãos Byrom, através da Byrom Holdings plc, têm 100% do controle acionário. Já na Match Hospitality, a Byrom Holdings plc detêm 65% das ações e figuram como sócios majoritários. Outros acionistas são a japonesa Dentsu Inc. (5%), a suíça Infront Sports & Media AG (5%), o sul-africano Bidvest Group Limited (5%) e o britânico Winterhill Investments Limited (20%).

Philippe Blatter também é presidente e CEO da Infront Sports & Marketing, desde dezembro de 2005. Sendo uma das quatro acionistas da Match, a Infront mexe com TV e é responsável pelo contrato com a HBS. Como acionista minoritária, não participou do contrato da Match com a Fifa. A Infront é detentora dos direitos de transmissão e marketing da Fifa há muitos anos.

Já a Match detém os direitos de comercialização destes serviços para as Copas de 2010 e 2014 e, em 1º de novembro de 2011, ganhou as concessões também para as da Rússia-2018 e do Qatar-2022, as Copas das Confederações de 2017 e 2021, além dos mundiais femininos de 2019 e 2023, que nem sede ainda têm. O contrato, renovado até 2023, prevê garantia mínima de US$ 300 milhões (R$ 663,8 milhões) para a Fifa, além de um percentual nos negócios com ingressos e pacotes de hospitalidade.

Doação para campanha?

Será que alguma empresa ligada à Fifa fará uma generosa doação aos partidos da base governista na campanha reeleitoral deste ano?

Ou o bilionário negócio da Copa no Brasil não deixará nenhum legado financeiro para os políticos que colaboraram com sua realização?

As respostas ficam para a futura apuração de contas pelo Tribunal Superior Eleitoral – ou por quem tiver a sorte de rastrear as contas dos políticos em algum paraíso fiscal onde o “benefício” (se houve ou ainda houver) for depositado.

Operação Jules Rimet

Domingo, o Fantástico da Rede Globo, parceirona da Fifa, exibiu uma reportagem exclusiva sobre a operação Jules Rimet — que prendeu 11 integrantes do grupo de cambistas, que atuava no Rio e em São Paulo.

A quadrilha chegou a tentar corromper policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), mas, com autorização da Justiça, os inspetores da Polícia Civil montaram uma armadilha para flagrar o suborno.

O Fantástico mostrou um vídeo no qual um integrante do grupo oferece dinheiro e ingressos a um inspetor.

Contabilidade mafiosa amadora

A reportagem exibiu um caderninho onde era registrada a contabilidade de Mohamadou Lamine Fofana.

Apreendido na casa do empresário, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, o “amador documento contábil” tinha um adesivo do escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na capa.

O livrinho revelou detalhes da venda clandestina de ingressos para o jogo de abertura da Copa, entre Brasil e Croácia – aquela partida inesquecível para a Presidenta Dilma Rousseff, na qual a torcida elitizada branca “mandou ela tomar no TCU”.

A tenologia do sistema de apontamento do Fofana lembrou as velhas anotações dos banqueiros do jogo do bicho, no Rio de Janeiro...

Cavalgada Trágica



Ficando, porém saindo

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pediu ontem que sua exoneração do STF, onde atua há 11 anos, só seja assinada pela presidente Dilma Rousseff, no dia 6 de agosto.

Barbosa poderia ser presidente do STF até novembro, e continuar ministro por mais 10 anos, até 2024, quando completaria 70 anos e entraria na "expulsória" do serviço público federal.

Mas prefere se aposentar agora e só pede mais tempinho de carência para organizar a transição administrativa para Ricardo Lewandowski – cujo mandato é aguardado, ansiosamente, por 13 em cada 10 petistas.

Descontração total




Imagens hilárias do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva, criticando a mídia, na maior descontração, durante lançamento da candidatura ao governo do estado do Paraná da companheira Gleise Hoffmann: imperdível!

Risco real de fraude eleitoral



Estudo da Princeton University, dos EUA, demonstra fragilidade das urnas eletrônicas da empresa Diebold – as mesmas usadas no Brasil da Copa das Copas, onde o resultado eleitoral não pode ser auditado e a contagem eletrônica é um dogma que tem de ser aceito pelo eleitorado obrigado a votar.

Releia: Campanha bilionária com agressão, mentira e censura prepara teatro para grande fraude eletrônica

 
Estratégia Global de enganação do povo



 09 de julho de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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