Com o rabo preso com a CBF, briga com Franklin Martins.
Dilma saiu em defesa do seu amigão, José Maria Marin, presidente da CBF. E mandou Franklin Martins retirar post do site Muda Mais que atacava o parceiro.
Três dias depois da derrota da seleção para a Alemanha, o futebol continuou alimentando o embate político entre os candidatos dos dois partidos que lideram a corrida presidencial.
O tucano Aécio Neves atacou a ideia de uma intervenção no esporte, defendida na véspera pelo ministro Aldo Rebelo, enquanto o Palácio do Planalto se apressava em minimizar as declarações. "Nada pode ser pior do que a intervenção estatal. O país não precisa da criação de uma Futebras'. Precisa de profissionalismo, gestão, de uma Lei de Responsabilidade do Esporte", disse. Ele ressaltou que "não é hora de oportunismo". "Principalmente daqueles que estão no governo há 12 anos e nada fizeram para melhorá-lo", afirmou, em nota publicada em suas redes sociais.
As críticas a uma suposta intervenção no futebol foram exploradas nos canais do PSDB ao longo do dia. "A investida da hora é tentar descolar-se do fracasso da seleção defendendo a renovação' do nosso futebol. Até instrumento para isso eles já têm: botar o Estado para intervir no esporte, a mesma receita que fracassa na economia", dizia texto sem assinatura no site do partido. Apesar de defender uma separação dos temas eleição e Copa, há dias Aécio vem usando a postura do governo diante do Mundial para fazer críticas à presidente.
ALDO RECUA
O tom da fala de Aldo Rebelo não agradou o Palácio do Planalto. O governo viu na frase do ministro brecha para novos ataques à petista, como acabou acontecendo. Após encontro com a presidente nesta sexta-feira (11), o ministro recuou de suas declarações e disse que o governo não pretende fazer qualquer tipo de intervenção nas entidades esportivas.
Assessores da presidente disseram reservadamente que o objetivo do governo é trabalhar em conjunto com jogadores, clubes e entidades para criar regras que exijam mais organização no futebol. Segundo esses assessores, o governo vai apoiar a ideia de que a CBF cuide só da seleção brasileira. O campeonato nacional de futebol ficaria a cargo de uma liga de clubes.
Apesar de negar a "intervenção", Rebelo defendeu nesta sexta a necessidade de "recuperar a capacidade de fiscalizar" o que for de "interesse público". Segundo o ministro, "o governo não pretende nomear dirigentes, interferir na escolha dos dirigentes". "Essa não é a função do governo ou do Estado brasileiro", disse o ministro. Ele voltou a defender projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que propõe o refinanciamento das dívidas dos clubes por até 25 anos, desde que eles sigam parâmetros de gestão financeira e responsabilidade fiscal. (Folha de São Paulo)
DO RADAR ONLINE (VEJA)
Fechou o tempo entre Dilma Rousseff e Franklin Martins no início da noite de anteontem. O motivo foi a publicação no Muda Mais, o site de campanha coordenado por Franklin, de um feroz ataque à CBF e a José Maria Marin. Irritada, Dilma ligou para Franklin e exigiu a retirada do post do ar. Ele não queria cumprir a ordem. Discutiram. Franklin ainda não absorveu o golpe, reclamou pesadamente com Rui Falcão. Os ânimos continuavam exaltados até a tarde de ontem.
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