Preso na Itália e prestes a ter o pedido de extradição oficializado, o ex-diretor do Banco do Brasil condenado pelo mensalão, Henrique Pizzolato, é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro. A polícia irá investigar se as contas abertas por Pizzolato no exterior movimentaram recursos públicos desviados e se foram remetidos ilegalmente.
Como a Folha revelou, o ex-diretor do BB usou o nome do irmão morto Celso para sacar, na Itália, milhares de euros depositados em três contas abertas na Espanha por ele e pela mulher, Andrea Haas. Uma delas seria anterior a 2010, de acordo com informações repassadas à PF pela Direção de Cooperação Internacional da polícia espanhola.
Além de usar o nome de Celso para as movimentações financeiras, Pizzolato também adotou a identidade do irmão para fugir do Brasil, tendo confeccionado a partir de 2007 diferentes documentos para o homem morto em há 35 anos. Por isso, a PF decidiu abrir dois inquéritos para apurar possíveis crimes cometidos por Pizzolato.
No Rio de Janeiro, os policiais se debruçam sobre a origem dos recursos que abasteceram as contas de Pizzolato no exterior e se ele está envolvido com lavagem de dinheiro. Em Santa Catarina, a PF busca os responsáveis pela confecção dos documentos falsos e tenta identificar quem ajudou o ex-diretor a fugir para a Itália.
EXTRADIÇÃO
O pedido de extradição de Pizzolato já foi finalizado na Procuradoria-Geral da República ontem, mas ainda está sendo completada a tradução do português para o italiano. O documento será enviado ainda esta semana para o Ministério da Justiça e, em seguida, ao Itamaraty _que então o enviará para o Ministério da Justiça da Itália. O texto do pedido se baseia no Tratado de Extradição entre Brasil e Itália e no Código Penal italiano.
(Folha de São Paulo)
20 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks
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