"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AS COTAS RACIAIS E A DIVISÃO DO PAÍS



Não se justifica o projeto da Presidente Dilma para colocar mais afrodescendentes no Serviço Público. O pretexto de que a representatividade negra na administração pública é baixa não é confirmado pelo IBGE. Segundo o Censo do instituto, 45% dos funcionários do País pertencem a essa etnia. Nos governos das cidades chegam a ser 81%.  Não há discriminação ou privilégio no concurso público.

 
Cotas no nosso País é um subproduto mal acabado importado dos EUA. O acento americano é tão óbvio quanto é óbvio que não funcionará aqui. Nos EUA, o projeto de uma identidade negra separada tem alicerces nas leis de segregação que durante muito tempo traçaram uma linha oficial entre “brancos” e “negros” suprimindo a possibilidade de construção de identidades intermediárias.

No Brasil esse projeto choca-se com a mestiçagem, que  obstaculiza a divisão em raças. A solução dos antibrasileiros é impor, de cima para baixo, a nossa divisão em “brancos” e “negros”, incluindo nestes os mestiços. As leis de cotas raciais servem para isso, exclusivamente.

Sabemos que, em alguns casos, caucasianos e orientais poderiam retornar à pária de seus ancestrais, (duvidamos que se sentissem bem lá). Podemos acreditar que negros puros possam ser aceitos em suas tribos de origem, (nenhum iria querer mesmo), mas os mulatos só podem ser brasileiros e aliás é o que todos querem.

Emblemático foi a expressão de Carlinhos Brown quando chamado de afrobrasileiro teria respondido: “Afrobrasileiro coisa nenhuma, sou é brasileiro mesmo” E em outra ocasião complementou: “Não abro mão do meu País”.

Poucos de nós deixam de ter algum sangue negro ou índio. Menos ainda são os que não tenham algum sangue europeu. Essa divisão artificial, provocada do estrangeiro, não vai colar.

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