"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de setembro de 2013

PALANQUES EM SÃO PAULO, MINAS E RIO DEFINIRÃO OS RUMOS DA SUCESSÃO


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O Sudeste será uma região fundamental para a definição dos rumos da sucessão presidencial de 2014.
Dos mais de 140 milhões de eleitores, cerca de 58 milhões estão nessa região (41,36% dos votos do país).
Os principais partidos trabalham para construir palanques fortes para seus presidenciáveis na região.
Por enquanto, o ambiente é de indefinição.

Em São Paulo, Estado que concentra mais de 31 milhões de eleitores, PSDB e PT largam em vantagem com Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).

Embora o PMDB seja disputado por petistas e tucanos, a tendência é que o partido lance a candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com a finalidade de fortalecer as bancadas peemedebistas na Assembleia e na Câmara.

O PSB, do presidenciável Eduardo Campos, não tem nenhum nome com densidade eleitoral em São Paulo. Por isso, especula uma aliança com o PSDB em troca de um palanque duplo no Estado.

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral, com mais de 14 milhões de eleitores, PT e PSDB também devem ter palanques fortes para Dilma e Aécio. No entanto, apesar da força de Aécio, a candidatura do PSDB ainda precisa ser construída. Hoje, despontam como alternativas o ex-ministro Pimenta da Veiga, o deputado federal Marcus Pestana, o secretário Narcio Rodrigues e o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro.

EM MINAS

O PT, por sua vez, deve ter como candidato o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O desejo dos petistas é ter o PMDB como aliado. Nesse caso, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB), poderia ser o vice de Pimentel. Acontece que uma parcela do PMDB mineiro defende a candidatura própria do senador Clésio Andrade.
Há ainda os peemedebistas que possuem boa relação com Aécio Neves e não teriam interesse em comprometer seus projetos políticos locais por conta da aliança nacional PMDB-PT.

O PSB pode contar com a candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, a governador, para fortalecer o palanque de Eduardo Campos em Minas, mas a tendência é que isso não aconteça. Assim como em São Paulo, existe a possibilidade de entendimento entre PSDB e PSB em torno de um palanque duplo para Aécio e Campos em Minas Gerais.

No Rio de Janeiro, colégio eleitoral com mais de 11 milhões de eleitores, a tendência é que PT e PMDB tenham cada um seu candidato a governador, o que deve levar Dilma a contar com dois palanques no Estado. De um lado, os petistas não abrem mão da candidatura própria do senador Lindbergh Farias. De outro, o PMDB insistirá na candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão.

AÉCIO NO RIO

Dos três principais Estados do Sudeste, o Rio de Janeiro é onde Aécio encontra maiores dificuldades no que diz respeito a palanques. Os tucanos não possuem nenhum nome competitivo no Estado. Ao que tudo indica, o partido poderá apostar numa novidade. Recentemente, o técnico da seleção brasileira de vôlei, Bernardinho, filiou-se ao PSDB e pode ser o candidato da legenda a governador.

Para Eduardo Campos (PSB), a situação também não é confortável no Rio de Janeiro, pois o prefeito de Duque de Caxias e presidente do PSB no Estado, Alexandre Cardozo, defendeu recentemente apoio a Dilma para presidente e a Pezão para governador.
Agora, Campos trabalha nos bastidores para tentar construir uma alternativa, que pode ser lançando mão do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão ou por meio de uma aliança com o PDT, em torno do deputado federal Miro Teixeira.

Enfim, os palanques nos principais Estados são críticos para o processo sucessório presidencial. Nesse aspecto, o PT parece levar vantagem neste momento.

(transcrito de O Tempo)

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