"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de setembro de 2013

MAIS MÉDICOS: POUCA MEDICINA, MUITA SANTERIA


 
Infiltrações, rachaduras, mofo, estruturas enferrujadas, equipamentos quebrados, salas improvisadas, banheiros interditados e remédios no chão fazem parte do cenário que os médicos cubanos encontrarão na semana que vem em unidades de saúde de diferentes municípios. A situação foi flagrada pela Folha em postos de saúde de cidades da região metropolitana de Porto Alegre e do interior de Minas Gerais, da Bahia e de Pernambuco.
 
Segundo o Ministério da Saúde, todas as unidades onde atuarão profissionais do Mais Médicos irão receber recursos para requalificação até o fim de 2014. O governo promete R$ 15 bilhões. Os locais visitados fazem parte do grupo de 206 municípios, de 18 Estados, que irá receber os primeiros cubanos do Mais Médicos. São localidades que foram rejeitadas por profissionais brasileiros e demais estrangeiros na primeira fase do programa.
 
Essas realidades revelam municípios na contramão das regras do Mais Médicos. Em julho, quando anunciou o programa, o Ministério da Saúde apontou como responsabilidade das prefeituras o fornecimento de "condições adequadas" para os médicos. Um contraexemplo do que está no papel é Frei Miguelinho, no agreste de PE. Os dois banheiros não têm água há pelo menos um ano. O jeito foi improvisar: a água para descarga fica em baldes na sala da enfermeira.
 
"A estrutura não está conservada. A manutenção não vinha acontecendo há anos", diz Fátima Lopes, secretária de Saúde de Passira (PE), cidade que receberá três cubanos e cujos postos têm sinais de mofo e infiltrações.
 
Na Bahia, na unidade de um distrito de Araci, equipamentos estão quebrados e a sala de remédios tem caixas acumuladas no chão. "Se chegar alguém com parada [cardiorrespiratória], a gente vai orar, e só", diz a médica Tamillys Figueiredo, 26.
 
(Folha de São Paulo)
 
Sobre santeria cubana, leia aqui.
 
15 de setembro de 2013
in coroneLeaks

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