Duvido que exista, em qualquer meio acadêmico ocidental, “esporte” mais difundido do que falar mal das religiões. Não há historiador, filósofo, sociólogo ou simples colunista de jornal com um pouquinho mais de cultura que não insista em escrever o quanto a Igreja (especificamente a católica) representou de “atraso na nossa evolução”. Vejam que, nas primeiras duas frases, misturei os dois conceitos – o de Igreja e de Religião – bem ao gosto daqueles a quem destino o artigo.
Apresentam-se hoje em dia as estatísticas de pessoas queimadas, citam-se inventores perseguidos..mencionam-se pensadores excomungados com uma facilidade somente proporcional à ignorância daquilo que foi, na realidade, a Idade Média. Isso faz um “sucesso danado em sala de aula”, né cumpanheros?
O que nenhum desses expoentes do meio acadêmico tem é honestidade necessária para um exame de consciência. Desse mea-culpa, dessa confissão, nasceria o devido sentimento de ridículo... a necessária sensação de ter ela mesmo, a Universidade Brasileira, tornado-se um entrave..um verdadeiro atraso para quem dentro dela busca o livre pensamento e fora dela a extinção do PT.
Em artigo anterior já escrevi sobre o surgimento das universidades no mundo ocidental. Afirmei que era sua função receber pessoas que pensavam igual e mandar para o mundo gente que pensasse diferente. O objetivo desse artigo vai ser outro: o alvo aqui é o meio acadêmico brasileiro e seu papel vil na sustentação da ditadura petralha que está no poder.
Modéstia à parte, conheço muito bem o papel que vocês, docentes do ensino superior, tiveram na ascensão dos petralhas ao poder. Na década de 80 eu estava junto com vocês! Lia Marilena Chauí, Emir Sader..enfim..conhecia a “intelligentsia petista” e me identificava com seu discurso francamente marxista, com seus ideais abertamente revolucionários...enfim..os tempos eram outros, né “cumpanheros”? Afinal “nós precisávamos chegar ao poder”...
Nessas linhas vou fazer alguns comentários para o “leitor comum” através de uma espécie de conversa..Conversa entre eu e vocês!
Agora vocês já estão “grandinhos”, não estão?? Shanghai não é mais aquela que vocês gostam de lembrar citando “A Condição Humana” (a do André Malraux, pois a de Hannah Arendt duvido que vocês conheçam) Lula se veste com ternos de cinco mil reais e a tia Marilena almoça em restaurantes caros com a Marta Suplicy..enfim..as coisas mudaram..não mudaram?
Quem não mudou, seus picaretas, somos eu e vocês! Nós nos conhecemos bem e vocês não me enganam. Substituíram o discurso tradicional da revolução por uma linguagem relativista. Continuam marxistas, mas agora apresentam-se como aqueles cigarros – com baixos teores – não é?Encantam os estudantes da USP e da UFRGS com esse monte de lixo saído das páginas de Focault, Althusser e Derrida.
Jamais foram capazes de oferecer qualquer outra coisa dentro das faculdades de filosofia e história que não fosse esse marxismo requentado..essa confusão de ideias que vê no multiculturalismo, nos movimentos sociais, e nas marchas, a representação perfeita daquilo que vocês chamam de “movimento da história”.
Até quando, seus petralhas, vocês vão continuar aí dentro das universidades brasileiras? Enquanto o PT der dinheiro para vocês? Vocês, seus mentirosos, não teriam capacidade suficiente para enfrentar um simples médico – que jamais estudou filosofia formalmente – como eu. Imaginem se tivessem que discutir com Olavo de Carvalho, Edgar Morin, Luc Ferry, Roger Scruton e a turma da pesada.
Vocês, cumpanheros, sabem tão bem quanto eu a importância da relação da Universidade com a classe média. A prova disso é o ataque de nervos que a tia Marilena teve algum tempo atrás, não é?
Que pena! No Brasil marxismo se transformou em religião e as salas de aula de vocês são as novas Igrejas, não são? Rezem bastante, doutores... É só uma questão de tempo para as Novas Igrejas ficarem vazias.
26 de agosto de 2013 Milton Simon Pires é Médico.
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