"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

MAISUMA PIADA DO ANO: EDUARDO CUNHA ACUSA O DOLEIRO FUNARO DE SER "LADRÃO"!!!


Funaro desafia Cunha a passar no detector de mentiras 
O delator Lúcio Funaro, apontado como operador de políticos do PMDB em esquemas de corrupção, reclamou das acusações do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que costuma chamá-lo de mentiroso. E lançou um desafio: quer um teste de polígrafo, um detector de mentiras, para provar que está dizendo a verdade. As declarações foram dadas em depoimento em processo no qual os dois são réus por suspeitas de irregularidades na Caixa Econômica Federal (CEF). “Estou disposto a fazer um teste de polígrafo com Eduardo Cunha para parar de me chamar de mentiroso”, afirmou.
Cunha, que acompanhou o depoimento, ficou calado no momento. Só na saída, o ex-deputado afirmou que aceitaria o desafio. “Faço o teste depois, faço qualquer teste que ele quiser”— garantiu.
ROUBO DE ANEXOS – Antes disso, Funaro já tinha reclamado: “Fui acusado formalmente pelo deputado Eduardo Cunha de que, em conluio com a PGR, roubei os anexos dele (da delação). Acho que isso só pode passar na cabeça de quem tem apoteose mental ou está sofrendo problema mental. Por quê? Para fazer a delação na Procuradoria, fui tratado da maneira mais severa possível. Os procuradores se comportaram comigo não querendo fazer delação por conta do passado. Foi imposta uma multa altíssima. E eu cedi. Por que eu cedi? Porque prefiro não ter nada e ter paz do que ter tudo e não ter paz. É isso” — disse Funaro.
Ele e Cunha estavam numa disputa informal para ver quem fechava uma delação primeiro. A desconfiança da PGR em relação a ele é uma referência a uma delação anterior firmada na época do escândalo do mensalão. Mesmo tendo colaborado com a justiça naquela ocasião, Funaro voltou a delinquir.
“Eu poderia ter dito que acredito, tenho fortes suspeitos de que Cunha seja sócio de Ricardo Andrade Magro (dono da refinaria Manguinhos), o maior sonegador do pais. Eu não induzi. Eu só falei lá o que tinha certeza”, disse.
PAGOU DESPESAS – Em outro momento, do depoimento, Funaro afirmou que tem como provar que pagou despesa de Cunha. “Eu tenho como provar como gerei o dinheiro, como paguei, que eu paguei o advogado dele na Suíça, tenho todas essas provas. Aí eu quero ver como ele vai negar” – disse Funaro, acrescentando: “O deputado Eduardo Cunha alugou um flat na mesma rua que a minha para pegar dinheiro no meu escritório, levar pro flat e lá distribuir dinheiro de propina”.
Depois, ainda afirmou: “Vamos fazer um requerimento pro flat da entrada, de quem entrou no flat. E vamos fazer essas contas. Vamos ver quanto eu paguei de carro pra ele, vamos ver quanto eu paguei de despesa dele. É só fazer as contas, dois mais dois dá quatro, não dá cinco”.
O depoimento começou por volta das 9h30 e foi encerrado pouco antes das 13h. Na segunda-feira Cunha será ouvido. Além de Funaro e Cunha, são réus nesses processo: o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN), o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e o empresário Alexandre Margotto. Cleto e Margotto também são delatores. Alves, Funaro e Cunha estão presos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Cunha acusa Funaro de roubar os anexos, mas não é bem assim. Antes de Cunha ser preso, os dois passaram várias semanas se encontrando diariamente, na residência oficial do presidente da Câmara, para fazer um dossiê sobre as falcatruas de Temer e do “quadrilhão” do PMDB. Funaro é muito organizado, guardava anotações, recibos. Os anexos são fruto deste trabalho conjunto, pertence ao dois. Por isso, Funaro não pode ser acusado de roubar o que já lhe pertencia. Apenas isso. (C.N.)


03 de novembro de 2017
André de Souza
O Globo

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