As fracassadas ações das milícias pró-PT mostraram principalmente que o PT já não representa as massas coisíssima nenhuma. Representam seus interesses corporativistas e suas mamatas, sempre às custas do suor do povo.
As manifestações de hoje foram feitas contra os trabalhadores, muitos deles impedidos de trabalhar. Se a greve é legítima, impedir alguém de não participar destas greves é tão antidemocrático como nos últimos estágios do marxismo, do fascismo e do nazismo. A regra é clara: que se danem os trabalhadores desde que sejam mantidas as mamatas de uma elite sindical.
Os sindicatos atuais do Brasil são mantidos por um imposto sindical, que, por sua natureza, é obrigatório. O resultado disso só poderia ser o desapego total dos sindicatos com os interesses reais do trabalhador. Foi por isso que alguns trabalhadores apanharam hoje das milícias pró-PT. Aquele que bate em trabalhador só porque este quer ir trabalhar é um inimigo da classe trabalhadora. E assim os sindicatos pró-PT se mostraram como os grandes inimigos da classe trabalhadora.
A partir de agora, o Senado só tem uma opção moral: dar sequência à reforma trabalhista, e não mover um dedo na direção de mexer em aspectos como a eliminação do imposto sindical. A manutenção desta forma coercitiva de adquirir “contribuições” sindicais é simplesmente a manutenção do status quo dos sindicatos, que continuarão a defender seus interesses, deixando os interesses do trabalhador em último lugar.
Só teremos sindicatos que não pratiquem terrorismo contra os trabalhadores no dia em que eles tiverem que efetivamente servir aos trabalhadores. Isso só vai acontecer no dia em que a contribuição sindical for uma efetiva contribuição, ou seja, livre e totalmente voluntária. Assim que os trabalhadores puderem decidir se pagam ou não para um sindicato, eles serão obrigados a respeitar os trabalhadores ou então serão abandonados.
Imagine que existisse uma lei obrigando todos obrigados a pagar um “imposto de fast food”, que seria destinado à todas as empresas de fast food. Ora, essas empresas não precisariam mais tratar bem seus clientes. Poderiam até bater neles. Mas sem o “imposto de fast food”, elas precisam correr atrás dos clientes, ao invés de bater neles. Precisam tratá-los bem e servi-los da melhor maneira possível.
É disto que se trata acabar com o imposto sindical: fazer com que os sindicatos passem a representar os trabalhadores, ao invés de esmagá-los.
02 de maio de 2017
ceticismo político
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