"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

MARACUTAIA AINDA É SECRETA

MINISTRO MANDA INVESTIGAR, SOB SIGILO, CORRUPÇÃO NA OBRA DA ARENA CORÍNTHIANS
FACHIN MANTÉM SIGILO SOBRE O ITAQUERÃO, O 'PRESENTE DE LULA'

TANTO EMÍLIO QUANTO MARCELO ODEBRECHT E OUTROS EX-EXECUTIVOS DELATARAM O ESQUEMA ENVOLVENDO A OBRA.

Em meio ao levantamento do sigilo de dezenas de investigações ligadas à delação da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deu publicidade à apuração de "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians". O estádio foi construído pela Odebrecht para a Copa do Mundo de 2014 e custou R$ 1,1 bilhão.

Falaram sobre o caso à Procuradoria-Geral da República os delatores Emílio Alves Odebrechet, seu filho e sucessor Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa Silva Júnior, homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e Luiz Antônio Bueno Júnior.

Marcelo Odebrecht afirmou, em outros depoimentos, que a sua construtora bancou a construção da Arena Corínthians como se fora "um presente" para o ex-presidente Lula, conhecido torcedor do clube e a quem a empreiteira batizou de "Amigo", no seu "departamento de propina".

“Indefiro a pretensão de levantamento do sigilo do procedimento; (ii) defiro o pedido do Procurador-Geral da República, a quem autorizo a juntada de cópia dos termos de depoimentos mencionados e documentos apresentados pelos colaboradores especificamente no Inq. 4.341/STF, registrando que, com relação ao termo de depoimento nº 5 do colaborador Luiz Antônio Bueno Júnior, a efetivação da decisão só poderá ocorrer a contar de 3 de maio de 2017”, determinou Fachin.

Em março do ano passado, o então vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, foi preso em flagrante, em São Paulo, por posse ilegal de armas. Ele estava com duas pistolas. Alvo da Operação Xepa, etapa da Lava Jato, André Negão é suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da Odebrecht.

O nome de André Negão apareceu na planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, sob o codinome "Timão", ao lado da palavra "Alface". A planilha foi apreendida na casa da secretária dos altos executivos da empreiteira, Maria Lúcia Tavares.

Na planilha, André Luiz de Oliveira estava ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014 no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".


12 de abril de 2017
diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário