"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 5 de março de 2017

GLOBALIZAÇÃO

DIRETOR-GERAL DA OMC DIZ QUE BREXIT E TRUMP SIMBOLIZAM REJEIÇÃO AO 'ESTABLISHMENT'
TRUMP E BREXIT SIMBOLIZAM REPULSA À GLOBALIZAÇÃO, DIZ AZEVÊDO

AZEVÊDO EVITOU COMENTAR SOBRE MEDIDAS ADOTADAS POR TRUMP FOTO: JOSÉ CRUZ/ ABR


O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, disse em entrevista ao jornal suíço Le Temps que vê como formas de rejeição ao “establishment” a decisão pela saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e a eleição do norte-americano Donald Trump à presidência.

Questionado sobre se o Brexit ou Trump eram uma ameaça à OMC, o diretor-geral afirmou que ambos os eventos têm em comum uma desconfiança da globalização, mas considerou mais delicado o momento atual dos Estados Unidos.

“O Brexit responde a um desejo de soberania e independência, nomeadamente contra a imigração percebida como prejudicial”, declarou na entrevista ao Le Temps. Ele ponderou que, diferentemente dos Estados Unidos, no Reino Unido não existe o desejo de limitar importações.

Roberto Azevêdo afirmou que está disposto a discutir com representantes dos Estados Unidos na OMC e considerou que “qualquer programa de crescimento e industrialização deve ter um componente comercial”.

Azevêdo evitou comentar diretamente, porém, algumas medidas defendidas por Trump, como a imposição nos Estados Unidos de um imposto sobre bens importados. Azevêdo considerou que não poderia se basear em intenções do presidente norte-americano: “a imaginação não é meu forte”.

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo foi reconduzido ao posto de diretor-geral da OMC, um organismo composto por 164 países que trata das regras do comércio exterior. Ele era candidato único. À frente da OMC, Azevêdo conseguiu fechar o único acordo multilateral negociado no âmbito do organismo desde sua criação, em 1995. O Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) remove barreiras burocráticas ao comércio, com um potencial de aumento no comércio exterior de US$ 1 trilhão.


05 de março de 2017
diário do poder

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