"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 5 de março de 2017

EROTIZAÇÃO INFANTIL NO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

O anúncio de que a Disney vai exibir uma criança beijando outra do mesmo sexo com conotação sexual, fato recebido por parte da mídia como uma exaltação à diversidade e sinal de progresso da humanidade, confirma o que profeticamente escreveu Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo, de 1932.

Na obra, um garoto, menor de 10 anos, enfrenta problemas psicológicos por se recusar a atender as exigências de professores para que se entregasse a jogos eróticos com uma menina pequena.

De acordo com o escritor inglês Theodore Dalrymple, pseudônimo de Anthony Daniels, em Nossa cultura... Ou o que restou dela, Admirável Mundo Novo “descreve um regime sexual que se assemelha cada vez mais ao que temos em nossos dias. Essa é uma situação em direção à qual parece que estamos rapidamente caminhando”.

Observa que “não é apenas o caso de a educação sexual ser iniciada cada vez mais cedo nas escolas, mas publicações, filmes e programas de televisão, destinados a um público ainda muito jovem, tornarem-se crescentemente erotizados. No passado, as primeiras experiências sexuais dos jovens vinham acompanhadas de culpa; agora é a vergonha que acompanha a falta dessas experiências”.

Com o tempo, transformaram a permissividade em sinônimo de esclarecimento. Huxley, por meio de um dos personagens de sua distopia, o diretor do Centro de Incubação e Condicionamento, relata no futuro como eram as coisas no passado:

“O que vou lhe contar agora poderá parecer inacreditável. Mas, é que, quando não se conhece a história, os fatos relativos ao passado, em geral, parecem mesmo incríveis.” Revelou a espantosa verdade. Durante um período muito longo [...] os brinquedos eróticos entre as crianças eram considerados anormais (houve gargalhada); e não apenas anormais, mas imorais (não!); e eram, portanto, rigorosamente reprimidos. A fisionomia de seus ouvintes tomou uma expressão de incredulidade espantada. O quê? As pobres crianças não tinham o direito de se divertir? Não podiam acreditar. [...]. “Mas então o que acontecia?”, perguntaram. “Quais eram os resultados?” “Os resultados eram terríveis [...], terríveis”, repetiu.

O que começou com Xuxa vai fechar com a Disney, em alto estilo e com chave de ouro, até que não haja mais tabus a serem quebrados, reservas, freios e o tempo certo para cada coisa.


05 de março de 2017
miguel lucena

Nenhum comentário:

Postar um comentário