"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

PIADA DO ANO: BANCO CENTRAL TENTA JUSTIFICAR OS JUROS DE 400% AO ANO


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Charge do Gilmar, reproduzida do Arquivo Google
O Banco Central tenta explicar nesta terça-feira (dia 7) por que as taxas de juros cobradas de empresas e consumidores são tão altas no país. Não há um só ser que consiga entender como os bancos têm a coragem de cobrar encargos que passam de 400% ao ano. As instituições financeiras alegam que boa parte do spread bancário (a diferença entre o que pagam aos investidores e o que cobram dos devedores) decorre da elevada inadimplência. Nada mais falso.
Dados do próprio BC mostram que, em dezembro de 2014, a inadimplência geral do crédito com recursos livres estava em 4,3%. No encerramento do ano passado, esse índice havia cravado 5,7%. No mesmo período, o spread saltou de 25,3 para 40,2 pontos percentuais. Ou seja, subiu muito mais que o calote.
 BC PERMITE EXCESSOS – Outro dado do BC reforça os excessos cometidos pelos bancos. A taxa de captação, que eles pagam ao pegar dinheiro no mercado para repassar por meio de empréstimos, era de 12,3% ao ano em dezembro de 2014 e, depois de uma ligeira alta, fechou o ano passado nos mesmos 12,3%.
Para o presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez García, o spread bancário no Brasil é inaceitável. “Não há nenhum lugar do mundo em que essa taxa seja tão elevada”, afirma.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A única explicação que o Banco Central poderia dar, sem ser classificada de Piada do Ano, seria reconhecer que neste nenhum dos Poderes funciona adequadamente – o Executivo não toma providências contra os bancos, o Legislativo não cria leis que possam coibir a agiotagem oficializada, o Judiciário não emite sentenças contra os bancos. É a única explicação para esses juros abusivos, que não existem em nenhum país minimamente civilizado. (C.N.)

07 de fevereiro de 2017
Vicente Nunes
Correio Braziliense

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