"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

DELAÇÃO DE EMPRESÁRIO PODE CAUSAR A CASSAÇÃO DE MARCO ANTONIO, FILHO DE CABRAL


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Filhinho de papai rico, não faltou dinheiro em sua campanha
O empresário Francisco de Assis Neto, preso na sexta-feira (3), vinculou o dinheiro vivo entregue no escritório de sua empresa à campanha do deputado Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro. 

O repasse de dinheiro em espécie à sala da Corcovado Comunicação foi relatado pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar em delação premiada ao Ministério Público Federal sobre o esquema de propina do ex-governador. 
De acordo com planilha entregue pelos dois, a empresa de Kiko, como o empresário é chamado, foi o destino de R$ 7,7 milhões em dinheiro em 2014.
Kiko afirmou, contudo, que não recebeu a quantia. Ele disse que o endereço fornecido pelos delatores foi uma sala de sua empresa cedida de graça para a campanha de Marco Antônio. No local, trabalhava uma publicitária funcionária da Corcovado identificada apenas como Danielle, mesmo nome que consta na tabela dos doleiros (“Dani”).
CRIME ELEITORAL – O empresário, subsecretário de Eventos na gestão Cabral entre 2007 e 2013, disse que não presenciou a entrega de dinheiro, mas afirma que “Dani” “lhe relatou que recebia valores para honrar os compromissos de campanha” do então candidato. Ele disse não saber o total repassado desta forma.
Os R$ 7,7 milhões descritos pelos delatores supera inclusive o valor declarado por Marco Antônio Cabral ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como gasto total de sua campanha (R$ 6,8 milhões). A Corcovado Comunicação também não aparece como fornecedora da candidatura. Procurado, a assessoria do deputado não se manifestou até a publicação desta nota.
Kiko, que também trabalhou na campanha do filho do ex-governador, disse que era o responsável por levantar os gastos de campanha. Ele afirmou à Polícia Federal que Cabral lhe orientou a repassar os pedidos de dinheiro para Carlos Emanuel Miranda, apontado como operador financeiro do peemedebista. Os doleiros afirmam também que ele era o principal responsável por indicar o destino do dinheiro à disposição do ex-governador e gerenciado pelos irmãos.
OUTRO ASSESSOR – O empresário declarou também que, em alguns momentos, Luiz Carlos Bezerra, outro assessor apontado como operador de Cabral, era enviado para discutir as necessidades financeiras da campanha.
Kiko afirmou que chegou a receber “algo em torno de R$ 300 mil a R$ 400 mil” em dinheiro na pré-campanha, em março, quando organizava o galpão que seria usado como comitê da candidatura de Marco Antônio.
Assis Neto se entregou à PF na última sexta após mais de uma semana foragido. Ele estava nos Estados Unidos em férias com a família quando a Operação Eficiência, que prendeu o empresário Eike Batista, foi deflagrada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se a secretária Danielle for localizada e confirmar a denúncia, o deputado Marco Antonio Cabral pode ser cassado pela Justiça Eleitoral, o que seria mais do que merecido. Essa famiglia não pode continuar na política. Marco Antonio era secretário de Esportes no governo Pezão e foi exonerado para recuperar o foro privilegiado no Supremo. (C.N.)

07 de fereiro de 2017
Italo Nogueira
Folha

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