"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

                 Os Covardes Coveiros da Lava Jato



O “Chefete de Polícia” (assim xingou o inimigo Renan Calheiros) mandou avisar: que no STF tinha uma vaga para Temer lhe brindar. Foi assim que, no Brasil da Piada Pronta (royalties para José Simão), um Presidente da República indicou para o Supremo Tribunal Federal um político tucano da estirpe do Alexandre de Moraes – que produziu uma tese de doutorado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo condenando a legitimidade de nomear para uma vaga na Corte Suprema alguém que exerça cargo de confiança no poder executivo.

No distante ano 2000, Alexandre de Moraes pregava que era preciso diminuir a possibilidade de utilização dos cargos no STF como “instrumento de política partidária”. Por ironia, tal pregação está escrita no livro “Jurisdição Constitucional e Tribunais Constitucionais: garantia suprema da Constituição”. A solução proposta pelo acadêmico Moraes era que as indicações supremas fossem divididas entre o Presidente da República, O Congresso Nacional e o Poder Judiciário. Eis a brecha na tese moralista para a indicação do Ministro da Justiça para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki.

O presente para Moraes, que foi péssimo na gestão da crise penitenciária longe de se encerrar, é um sinal de que a Lava Jato corre perigo. O livre pensador Hélio Duque recorda que, nos últimos anos, oito operações de combate à corrupção foram anuladas pelos tribunais superiores do judiciário brasileiro – o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Foram detonadas: 1-Castelo de Areia; 2-Banestado; 3-Chacal; 4-Satiagraha; 5-Boi Barrica; 6-Dilúvio; 7-Poseidon; e, 8-Diamante. Será que a Lava Jato corre risco de entrar nesta lista de sabotagem?

Os segmentos pensantes da classe média alimentaram ainda mais tal dúvida, depois que o Presidente Michel Temer cometeu a ousadia de conferir poder supremo ao tucano Alexandre de Moraes. Não foi à toa que Temer optou pela temeridade de fazer uma nomeação inteiramente política – e não técnica, como era reivindicação de magistrados. Temer tem uma intenção estratégica no futuro próximo: a impunidade seletiva. Punição para inimigos. Salvação para aliados.

Qualquer um sabe que o grande plano do PMDB e seu parceiro PSDB é gerar proteção, na Corte Suprema, para “alívios” em futuros julgamentos de poderosos com foro privilegiado. A velocidade dos processos no STF tende a andar bem mais lentamente que na primeira instância. Além disso, quem for condenado nas varas federais – e não aderir às “delações premiadas” - terá a chance de apelar aos infinitos recursos às instâncias superiores, onde punições podem ser revistas ou anuladas.

A Lava Jato não pode ser enterrada porque conta com o apoio da esmagadora maioria da sociedade brasileira. No entanto, nada na atual conjuntura e estrutura estatal dominada pelo Crime Institucionalizado assegura que a Lava Jato não possa ser “neutralizada” ou contida em seus efeitos punitivos contra o “andar de cima” da corrupta politicagem brasileira. Sérgio Moro, Marcelo Bretas e outros “pontos fora da curva” seguirão rigorosos com quem não tem foro privilegiado. Será que o STF, com o relator Edson Fachin, fará o mesmo com os “poderosos”? Sonhar não custa nada...

Apenas por mera coincidência que não existe, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deu um troco ao PMDB governista pela temerária decisão de indicar Alexandre Moraes para o STF, enquanto se exige que o Ministério da Justiça seja aparelhado pelo partido. Janot pediu ao STF a abertura de inquérito para investigar os super-poderosos Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá por tentativa de obstrução da Lava Jato. É bomba atômica para Edson Fachin detonar ou desarmar. Ano passado, Teori Zavascki não quis punir o trio... A “República de Curitiba” – onde Fachin mora – exige apoio à turma do Moro... Morou, Fachin?

O peemedebista Temer terá o mês de fevereiro para definir quem vai lotear o Ministério da Justiça. Alexandre de Moraes entrou de licença, por 30 dias, até que o Senado aprove seu nome. O presidente da casa, Eunício de Oliveira, acredita que emplaca Moraes no cargo no dia 22. Até lá, muita água vai rolar na Lava Jato. Sérgio Moro voltou a jato de Nova York, onde deu palestra ontem, para ouvir, nesta terça-feira, o explosivo depoimento de Eduardo Cunha - um ex-poderoso peemedebista, agora em desgraça.

Graaaaaaande PSDB... Negociou um salvo-conduto aos bandidos do PMDB, em troca da indicação de um filiado ao STF. É assim que muita gente entende a tranqüilidade de um Eike Batista – que perde a peruca, porém não perde a cabeça. Depois, tem idiota que ainda tem a coragem de proclamar a besteira de que o PCC é “a quadrilha”... Sacanagem...

O sósia do Lex Luthor em breve estará posando como um dos 11 semideuses do STF. O Super Moro que reforce a blindagem, porque vem muita kriptonita nos bastidores da Lava Jato. Darth Vader está comemorando o supremo apadrinhamento tucano proporcionado por Temer.

Como o Batman já foi forçado a se aposentar, por pressão da bandidagem, os jedis da Força Tarefa e Mestre Yoda Janot que se cuidem... O Império contra-atacou a “República de Curitiba”. O vampiro quer sangue, e $talinácio só pensa no enterro da Lava Jato... Django, nele...

Já Temer só pensa em se manter no poder. Tanto que sua defesa no processo que apura crimes na campanha presidencial de 2014 pretende alegar que a arrecadação era contratada por um tesoureiro comandado pela equipe de Dilma Rousseff (lembram dela?), e que ele não tinha domínio sobre tal fato.

O Tribunal Superior Eleitoral, tal qual a Velhinha de Taubaté, deverá acreditar no Presidente, e tudo fica como dantes no Palácio do Planalto, porque o mercado financeiro não quer que Temer caia. Os rentistas também querem que a Lava Jato dê uma paradinha... Logo, no Brasil, juntam-se os coveiros com a vontade de enterrar...

Releia o artigo: Django para Presidente! Enterra quem mente!


Lembrando do Fachin


Recordar é ficar PT da vida com discursos do passado recente...

Intervenção, já!

O Espírito Santo virou campo de guerra, e o Exército foi chamado para cuidar da Garantia da Lei e da Ordem.

Em Curitiba, no começo da noite, explodiu uma revolta contra o aumento de passagens de ônibus – que pode se repetir hoje...

O pau começa a quebrar nas ruas das grandes cidades...

Indiferença louca


Brincando com o Judiciário


Tratamento igual




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

07 de fevereiro de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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