Hoje, como em todo 30 de dezembro, é dia de alinhar as resoluções de Ano Novo, daquelas impossíveis que abandonamos na primeira semana de janeiro, para reavivá-las no próximo dezembro. Por exemplo:
Parar de fumar. Beber menos. Evitar gorduras nas refeições. Fazer exercícios e corridas todos os dias. Tomar banho frio. Cuidar da saúde e fazer exames médicos. Ser carinhoso com filhos e netos. Ajudar os necessitados. Não pisar no acelerador. Ler um livro por semana. Assistir menos televisão. Matricular-se no curso de inglês. Cumprimentar e sorrir para os colegas de trabalho.
No entanto, por conta do ano bicudo que já termina, surgem novas e obrigatórias resoluções, que todos devemos seguir. São elas:
Acompanhar todos os dias a performance dos políticos. Marcar no caderninho os nomes dos envolvidos com a corrupção, para nas próximas eleições não votar neles. Pesquisar quais os deputados e senadores cujo padrão de vida aumentou depois de eleitos. Saber quantos políticos compraram apartamentos de luxo, sítios ou fazendas no exercício de seus mandatos. Anotar as viagens ao exterior de parlamentares e suas famílias. Acessar informações sobre gastos com cartões corporativos de crédito pelos funcionários do governo.
Mas tem mais. Participar de movimentos de protesto contra leis e iniciativas favoráveis às elites. Protestar contra a presença de políticos corruptos em restaurantes, aeroportos e mesmo na rua. Negar cumprimento aos políticos relacionados em listas da Odebrecht e outras empreiteiras. Aplaudir as ações da Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, pessoalmente ou através de mensagens eletrônicas. Organizar grupos de amigos, familiares ou companheiros de trabalho para manifestações públicas de repúdio à corrupção. Acompanhar o comportamento da mídia na cobertura de escândalos e crimes praticados por políticos, exigindo de seus responsáveis a divulgação de notícias honestas e verdadeiras. Cobrar promessas não cumpridas de governantes e parlamentares.
Como também: ser tolerante para quem incorreu em erros, mas ser implacável com os erros. Transmitir experiências e lembranças para filhos e netos. Meditar e arrepender-se de omissões quando sua iniciativa poderia ter contribuído para a melhoria da vida em sociedade.
Por último, lembrar em quem votou nas últimas eleições e não repetir o voto, se o eleito ou seu partido descumpriram suas promessas.
30 de dezembro de 2016
Carlos Chagas
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