Num mundo de delicados lumbers com coquinho samurai, que usam tênis com terno, não há mercado para engraxates, uma atividade que já foi importante na formação e transformação de meninos em homens responsáveis, honestos, trabalhadores e empreendedores.
Até a década de 70 era comum a menores de famílias pobres ou abandonados que ganhassem a vida engraxando os 752 da vulcabrás do povo brasileiro.
Era a porta de entrada do mercado de trabalho e também do auto-emprego, uma ocupação que exterminava a molecagem, sufocando no berço a malandragem, e moldava o cidadão.
O desencorajamento paulofreiriano dessa atividade [ou de qualquer outra que envolvesse trabalho honesto] desencadeou inúmeros problemas, entre os quais o recrutamento dos jovens pelo crime organizado [tráfico e vício em drogas mais pesadas como o PT, CUT e MTST].
Os arrastões, que entraram no rol das atrações turísticas do RJ, são apenas uma expressão poética, caetaneana, desse desastre social.
Horatio Alger Jr. foi o escritor que melhor compreendeu a importância de limpar botas. Ele escreveu o clássico da literatura juvenil, Ragged Dick, livro que descreve a vida de um jovem engraxate sem família, Dick Hunter, que vive nas ruas de NY, dorme numa caixa num beco imundo e usa roupas esfarrapadas.
Ele ganha a vida trabalhando duro, sendo honesto, poupando, e ajudando aos outros. No seu universo pululam picaretas, bandidos e psicopatas, mas ele não desiste, sempre mantendo uma atitude positiva.
Dick tem bom caráter e deseja ser um homem honrado, ele ganha a confiança e recebe a generosidade alheia de homens de negócio, de pastores, que o aconselham a estudar e se esforçar.
A mensagem de Alger Jr. é diametralmente oposta ao vitimismo hodierno, que elegeu Barack Obama e inundou a Europa com “refugiados”.
Curiosamente hoje em que ser homosexual transforma automaticamente a pessoa em santo ou super-herói, Alger Jr. deveria ser festejado, ainda mais por horsing around as crianças em sua Sunday school, antecipando a nova onda liberal de estimular a pedofilia. Mas não, pelo contrário, sua defesa das virtudes da livre iniciativa é motivo suficiente [aliás, o único] para torná-lo maldito.
30 de dezembro de 2016
in selva brasilis
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