Olimpíada já valeu só pela abertura, um show extradordinár |
Não deve ser esquecida a atuação do prefeito Eduardo Paes, já que foram exaltadas as contribuições de técnica e arte, entre outros de Fernando Meireles, Abel Gomes e Débora Colker. Foram vencedores de uma fantasia deslumbrante, superando até em criatividade os grandes momentos de magia consagrados por Hollywood no século XX.
Mas deixando a fantasia e ingressando no campo da realidade vamos encontrar novamente colocado o desafio que marca o confronto dos atletas e das atletas dando sequência a mais um capítulo da história eterna das competições. Elas estão começando. E vão ocorrer como sempre representadas por todos os povos, raças, etnias de um mundo chamado Terra habitado por 7 bilhões e 200 milhões de seres humanos.
AUDIÊNCIA MUNDIAL – Espera-se que cerca de 3 bilhões e 800 milhões tenham acompanhado o desfile apoteótico da abertura dos jogos pela TV. E agora estão atentos acompanhando as provas a cada dia. Limites humanos estarão novamente colocados como desafios nos caminhos atléticos. Afinal onde eles se encontram? Não se sabe.
Já se disse tempos atrás, por exemplo, que era impossível um atleta correr 100m rasos em menos de 10 segundos. Jesse Owens em 1936, Usain Bolt em 2012 provaram o contrário: Jesse Owens correu em 9 segundos e 8 décimos. Bolt correu em 9 segundos 5 décimos e 8 centésimos. Este é apenas um exemplo, destacando a excepcionalidade que envolve as marcas olímpicas, num espaço de 80 anos. Na natação, enquanto em 36 nadava-se os 100m em 59 segundos, hoje nada-se em cerca de 45 segundos. Dois limites humanos superados pelas competições. O segundo deles mais amplo do que o resultado do primeiro. Mas estes são apenas dois exemplos.
APEFEIÇOAMENTO – A realidade hoje continua desafiadora, as técnicas evoluíram, as táticas também, os treinamentos se aperfeiçoaram e continuam se aperfeiçoando a cada 24 horas. O ser humano, homens e mulheres caminham firme em busca de avanços e ultrapassando limites como se fossem barreiras de uma corrida de distância curta. Mas existem as distâncias longas também.
Estas deslocam-se para o plano de toda a humanidade. A meta de finalmente enfrentar os desafios da fome, habitação, saneamento, segurança, saúde, enfim, colocados à frente de todos nós como limites não da vida atlética, mas da existência humana na face da Terra, que assistiu, encantada a beleza e a criatividade de horas de arte e fantasia. A superação, assim, não deve ficar restrita à fantasia e ao esforço dos atletas olímpicos. Mas, sim, destacada como um recorde a ser quebrado pelos governos atuais e do futuro que viajam na história e a ela acrescentando capítulos e mais capítulos.
Esta, acredito, é a melhor forma de colocar um objetivo comum à sobrevivência do mundo eternizando-o em bases cada vez progressivamente mais justas, dignas, cristãs.
07 de agosto de 2016
Pedro do Coutto
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