"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 28 de agosto de 2016

NA PRIMEIRA SESSÃO, UMA AMOSTRA GROTESCA DA ESCULHAMBAÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA


Durante a discussão das questões de ordem, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindberg Farias (PT-RJ) batem boca André Coelho / Agência O Globo
Caiado e Lindbergh comandam as baixarias no plenário















O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), opositor do PT e favorável ao impeachment de Dilma, é médico ortopedista e examinou o advogado da presidente, José Eduardo Cardozo, que torceu o pé. O senador Paulo Rocha (PT-PA) convidou os colegas para beber e “desanuviar” depois da sessão no plenário. O gabinete de Renan Calheiros sediou um banquete com tutu à mineira e leitão à pururuca. O julgamento do impeachment deve durar até quarta (31) e tem aspectos que vão além do debate político e da discussão sobre a existência dos crimes de responsabilidade.
Confira curiosidades dos bastidores do processo:
Quem vê cara…
Dilma Rousseff preferiu não assistir à sessão do Senado pela TV. Bastante ansiosa, pediu que assessores mostrassem a ela os pronunciamentos dos senadores aliados por escrito. De resto, passou o dia trabalhando em seu discurso de segunda-feira (29) no plenário da Casa.
…não vê coração
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Brasília no domingo (28) para ajudar a sucessora a fechar seu discurso. Auxiliares apostam na veia emocional de Lula, que deve assistir ao pronunciamento de Dilma direto do Senado.
Prontuário
Ortopedista e crítico ferrenho do PT, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi acionado por um paciente inesperado, o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, que torceu o pé no último fim de semana. Deu a receita rapidamente. “Disse que tinha que imobilizar, mas que começaria enfaixando pela boca”, narrou Cardozo aos risos.
Rega-bofe
O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) quis fazer um gesto aos colegas senadores e enviou um farto banquete ao gabinete de Renan Calheiros na presidência do Senado, no intervalo do almoço. Tutu à mineira, leitão à pururuca e couve para 40 pessoas.
Dieta
Ministro do Supremo que atua como presidente da sessão de julgamento do impeachment, Ricardo Lewandowski não participou da comilança e almoçou no STF.
Lei do silêncio
Senadores que fazem oposição ao PT estão guardando a sete chaves os termos que usarão para se dirigir a Dilma na segunda. Líder do PSDB, Cássio Cunha Lima quis antecipar sua ideia, mas foi barrado por Agripino Maia (DEM-RN). “Não fala! Se vazar, estamos lascados.”
Tatame
Protagonistas de barracos no plenário, Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) viraram alvo de piada de colegas e ouviram conselhos para se inscreverem em aulas de lutas marciais.
Uns goles
Confiante de que a primeira etapa do julgamento acaba até sábado (27), Paulo Rocha (PT-PA) estava convocando senadores para “tomar cachaça” depois da sessão para desanuviar. Lula foi convidado.

28 de agosto de 2016
Deu na Folha

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