"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O PREÇO DA AMBIÇÃO

SOFRENDO 'DISTÚRBIO DE ANSIEDADE', DIRCEU VAI AO HOSPITAL
IDOSO, EX-MINISTRO É ANSIOSO, HIPERTENSO E SENTE DOR DE CABEÇA

JOSÉ DIRCEU FOI PRESO EM 3 DE AGOSTO DE 2015, EM BRASÍLIA, NA 17ª FASE DA LAVA JATO, BATIZADA DE PIXULECO

O juiz federal Sérgio Moro autorizou a ida do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) a um hospital em Curitiba, base da Operação Lava Jato.

A defesa de Dirceu havia informado ao magistrado que o ex-ministro "apresenta quadro de cefaleia há mais de 20 dias, hipertensão arterial de difícil controle, hipercolesterolemia e distúrbio de ansiedade". A data da ida de Dirceu ao hospital deverá ser informada ao juiz da Lava Jato com antecedência mínima de três dias úteis para viabilizar a preparação da Polícia Federal.

José Dirceu foi preso em 3 de agosto de 2015, em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco. O ex-ministro está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhas, região metropolitana de Curitiba.

"O peticionário, atualmente custodiado no Complexo Médico-Penal, é idoso com queixa de cefaleia, portador de hipertensão arterial de difícil controle, hipercolesterolemia (colesterol alto) e distúrbio de ansiedade, razão pela qual foi periodicamente submetido a exames e acompanhamento médico naquele estabelecimento, e faz uso de medicamentos controlados", afirmou a defesa.

A defesa do ex-ministro juntou aos autos relatório médico que pede a internação hospitalar de José Dirceu "para controle de pressão e realização de exames laboratoriais e de imagem em caráter de urgência".

Segundo a petição dos advogados Roberto Podval, Paula Moreira Indalecio Gambôa e Viviane Santana Jacob Raffaini, "recentemente José Dirceu recebeu seu médico particular para controle do seu estado de saúde e alteração de medicamentos, e na ocasião o profissional constatou a necessidade de realização de outros exames, por meio de aparelhagem não disponível naquele estabelecimento ou na unidade hospitalar pública".

Ao autorizar a ida de Dirceu ao hospital, o juiz Moro afirmou que o ideal é que o ex-ministro 'uma vez no ambiente hospital, realize uma bateria de exames destinada a aferir a causa e a real gravidade da sua situação de saúde'.

"Inviável o deslocamento rotineiro do custodiado, com escolta, para a realização de exames de forma parcelada", anotou o magistrado. "Intime-se a Defesa para que, após contato com o médico pessoal de José Dirceu e com o(s) médico(s) responsável(is) pelo seu atendimento no Hospital Santa Cruz, informe a este Juízo possível data para a realização de bateria de exames no custodiado, preferencialmente no mesmo dia e à sua expensa. Havendo necessidade de internamento provisório respaldado por relatório médico, fica desde logo autorizado, sob escolta."

Sérgio Moro determinou. "A data deverá ser informada a este Juízo com antecedência mínima de três dias úteis para viabilizar a preparação da Polícia Federal. Salvo evidentemente urgência. Informada a data, intime-se a Polícia Federal para as providências de deslocamento e escolta."

Dirceu é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Procuradoria afirma que o ex-ministro recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras.



06 de abril de 2016
diário do poder

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