João Santana foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e está sendo investigado por suspeita de ter recebido dinheiro de empreiteiras que corromperam políticos e executivos da Petrobras.
Logo após receber o pedido da defesa pela liberdade do publicitário, o juiz Sergio Moro intimou o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para que se manifestassem sobre a libertação do casal. O prazo vence nesta sexta (26).
ATRAPALHAR AS INVESTIGAÇÕES
Enquanto a Procuradoria ainda elabora a peça requerendo a prorrogação da prisão temporária, a PF pedirá que o publicitário e a mulher sejam mantidos presos por suspeita de tentar atrapalhar as investigações, segundo a Folha apurou.
O fundamento da manifestação da Polícia Federal é que Santana e a mulher sonegaram computadores pessoais e telefones celulares para atrapalhar as investigações.
Santana e a Mônica faziam campanha para presidente dominicano, Danilo Medina, até a segunda (22), quando foi deflagrada a fase Acarajé da Operação Lava Jato.
O casal recebeu, em uma conta secreta na Suíça, US$ 4,5 milhões de empresas offshores atribuídas à Odebrecht e do representante do estaleiro asiático Keppel Fels no Brasil, Zwi Skornicki.
ALEGAÇÃO
Mônica afirmou à PF que os valores são pagamento de campanhas realizadas em Angola, Panamá e Venezuela. O casal nega que os pagamentos tenham relação com a campanha no Brasil.
Os dois chegaram ao país, mas não entregaram equipamentos para a polícia. Investigadores acreditam que eles tenham sido entregues ao advogado Tofic, segundo a Folha apurou.
Procurado, o advogado Fábio Tofic Simantob afirmou que a alegação de que Santana e Mônica tentaram atrapalhar as investigações não se sustenta porque os dois se apresentaram espontaneamente à Justiça.
O advogado nega que tenha ficado com computadores ou telefones do casal. “Não é verdade que celulares ou computadores tenham ficado comigo. Eram instrumentos de trabalho de ambos que ficaram na República Dominicana onde a campanha continua”, disse Tofic.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O advogado do casal marqueteiro é uma versão masculina da Ofélia, aquela que só falava quando tinha certeza. Dizer que Santana e Mônica deixaram os computadores e celulares na República Dominicana é de uma desfaçatez sesquipedal, como se dizia antigamente. Depois eu explico. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O advogado do casal marqueteiro é uma versão masculina da Ofélia, aquela que só falava quando tinha certeza. Dizer que Santana e Mônica deixaram os computadores e celulares na República Dominicana é de uma desfaçatez sesquipedal, como se dizia antigamente. Depois eu explico. (C.N.)
O defensor diz que Santana entregou-lhe apenas uma pasta de couro contendo uma gravata, duas chaves e uma caneta.
26 de fevereiro de 2016
Graciliano Rocha
Folha
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