"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

MINISTRO DO TCU DEIXA RELATORIA DO PROCESSO DE LENIÊNCIA DA UTC

STF INVESTIGA RELAÇÃO DO MINISTRO COM FILHO DO PRESIDENTE DO TCU

CARREIRO (CENTRO) É CITADO NA LAVA JATO COMO SUPOSTO DESTINATÁRIO DE PROPINA DA UTC



O vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Raimundo Carreiro, decidiu deixar a relatoria do processo de leniência da construtora UTC, investigada na Operação Lava Jato. O ministro se declarou impedido de dar continuidade ao caso em despacho feito à secretaria do tribunal.

Como o processo era sigiloso, até mesmo o nome do relator do caso da UTC não era público.

O ministro do TCU é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato. O inquérito, atualmente, está em fase de diligências e coleta de provas.

Segundo o Ministério Público Federal, o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, relatou que foi procurado por Tiago Cedraz (filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz), e o advogado disse que estava precisando de dinheiro, “deixando antever que a importância solicitada, no valor de 1 milhão de reais, seria ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, relator do processo de Angra 3 no TCU”.

Ainda de acordo com o MPF, após o pagamento do valor pedido por Tiago Cedraz, a licitação da usina de Angra 3 finalmente chegou a seu termo.

Apesar das investigações, o ministro afirmou que não viu conflito no fato de estar citado na delação de Ricardo Pessoa e relatar um processo envolvendo a mesma empreiteira. “Não vi conflito. Mas é melhor sair desse foco para não ter suspeita”, minimizou ele.



12 de fevereiro de 2016
diário do poder

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