"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

UM SORRISO CHEIO DE CHARME...

EX-LÍDER DO GOVERNO EVITOU DEPOIMENTO DE LÉO PINHEIRO EM CPI


Chinaglia livrou o presidente da OAS de ir à CPI


Mensagens obtidas pelos investigadores da Operação Lava Jato com a apreensão do celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, mostram que o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) trocou informações com o empreiteiro sobre a possível convocação do executivo em uma CPI em curso na Câmara dos Deputados.
Em outubro de 2013, Léo Pinheiro chegou a ser convocado para depor em uma comissão parlamentar de inquérito na Câmara sobre suposto tráfico humano em obras da empreiteira OAS no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Em 29 de outubro de 2013, o ex-presidente da OAS encaminhou para um número não identificado pelos investigadores da força-tarefa da Lava Jato mensagem atribuída a Chinaglia em que o deputado petista diz: “Articulei publicamente com os líderes da base o esvaziamento da reunião que deve acontecer. Se der quorum, não vota hoje ou derrotaremos. Liguei pro Luiz Couto, do PT, e ele me atendeu. (Cândido) Vaccarezza está firme em campo. Vai dar certo”.
Em novembro de 2013, poucos dias antes do requerimento sobre Léo Pinheiro ser retirado de pauta pelo autor da proposta, Chinaglia enviou uma mensagem a número também não identificado pelos investigadores: “Amanhã haverá reunião e votação de requerimentos que estamos acompanhando. O que convoca/convida o presidente da emp não esta pautado. Estaremos marcando. Abs.”.
FEZ “PESQUISA”
Procurado pelo Estado, Arlindo Chinaglia confirmou que conheceu Léo Pinheiro em um evento social na Bahia. Ele afirmou que, em uma das conversas, de fato, respondeu a uma preocupação de o então presidente da empresa OAS (Léo Pinheiro) estar sendo chamado à CPI e disse que, na condição de líder do governo na Câmara dos Deputados, pesquisou se havia a convocação do ex-executivo da empreiteira.
As conversas com Léo Pinheiro se estenderam durante 2014, ano em que ocorreram as eleições presidenciais e a escolha de governador, de acordo com os investigadores da força-tarefa da Lava Jato.
“Novas regras de compliance para as empresas públicas. Acabar com cargos em Comissão. Prestigiar os Concursados. Planos de Cargos e Salários para o Funcionalismo Publico. Critérios objetivos para promoções. Saude, Educação e Segurança com adicionais para os que atuam em Áreas de Risco. Acho que por ai. Abs”, teria escrito Léo Pinheiro para Arlindo Chinaglia em 19 de outubro de 2014. “Leo para presidente. É isso! Vou falar com os universitários. abs.”, respondeu o deputado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nem precisava “lançar” Leo Pinheiro para presidente. Ele já ocupava o cargo informalmente, beneficiando-se abertamente da proximidade com Lula e com o poder. Por isso, reformou de graça o triplex em Guarujá e o sítio em Atibaia. (C.N)

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