"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PT VAI DENUNCIAR "CAÇADA" DE "SETORES CONSERVADORES" A LULA

IDEIA É VINCULAR NOTÍCIAS A TENTATIVA DE INVIABILIZAR CANDIDATURA

IDEIA É VINCULAR NOTÍCIAS NEGATIVAS SOBRE LULA A TENTATIVA DE INVIABILIZAR CANDIDATURA (FOTO: RICARDO STUCKERT/ INSTITUTO LULA)


O PT vai denunciar o que considera uma "caçada" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é vincular as notícias negativas sobre Lula a uma tentativa da oposição e de "setores conservadores" da sociedade de inviabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, na eleição de 2018.

A ação de busca e apreensão da Polícia Federal na empresa de Luí­s Cláudio, filho mais novo de Lula, acabará mudando o foco da reunião da Executiva do PT -, que ocorre nesta quarta-feira, em Brasília, 28, e também do encontro do Diretório Nacional da sigla, marcado para quinta-feira.

Embora a pauta petista ainda preveja discussões sobre mudanças na polí­tica econômica e a posição do partido em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - suspeito de esconder contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobras -, a defesa de Lula, do PT e do projeto polí­tico deve acabar ofuscando outras polêmicas. O ex-presidente participará da reunião do Diretório Nacional. A presidente Dilma Rousseff também foi convidada para o encontro.

Apesar das cobranças de oito correntes do PT, a cúpula do partido não vai fechar questão pela condenação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara. A ideia é ganhar tempo para não provocar o deputado, que tem em mãos o poder de deflagrar o processo de impeachment de Dilma.

Nesta terça-feira, a presidente comandou uma estratégia de reaproximação com Lula, evitando que a crise política se agravasse ainda mais. Um dia depois de Lula ter culpado a sucessora pela operação de busca e apreensão da Polícia Federal na empresa LFT Marketing Esportivo, de seu filho caçula, o governo entrou em cena para impedir que a guerra interna no PT atingisse o ápice, contaminando o relacionamento entre criador e criatura.

Dilma participou da festa de 70 anos do presidente, no Instituto Lula, levando a tiracolo ministros e amigos de seu padrinho polí­tico. "Somos todos filhos do Lula", disse o presidente do PT de São Paulo, Emí­dio de Souza, em mensagem enviada pelo aniversário do ex-presidente.

Emídio deu o tom de como será a solidariedade do partido ao fundador do PT, batendo na tecla do combate ao ódio e à intolerância. "A caçada a Lula vem antes do PT, prosseguiu quando criou o partido, aumentou quando resolveu disputar o poder, amainou-se durante os anos da Presidência e voltou com força descomunal nesse tempo de império do ódio (Â…)", comentou o presidente do PT paulista.

Lula não perdoa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e há tempos pede sua saída do cargo, sob a alegação de que ele não controla a Polícia Federal. O coro contra Cardozo, puxado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo de Lula, majoritário no PT, deve ser retomado nas reuniões da sigla, em Brasília.

A tendência Mensagem ao Partido, que tem Cardozo entre seus integrantes, argumenta que, em vez de discutir a saí­da do ministro, o PT deveria pedir a cabeça de Eduardo Cunha.

Dilma não aceita a pressão para tirar o ministro da Justiça. A pedido da presidente, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, tenta desde a semana passada, sem sucesso, marcar um encontro entre Lula e Cardozo. (AE)



28 de outubro de 2015
diário do poder

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