Em matéria de discrição, a Suíça é escolada, numa atitude típica de país pequeno.
No país alpino, a secretividade foi elevada ao status de tradição nacional.
Cada um luta com as armas que tem, não é mesmo? Países grandes e fortes impõem-se pelo tamanho e pela força. Nações sem esses atributos procuram outros caminhos.
Nos tempos em que ainda vigorava rigoroso sigilo bancário, todo ditador digno desse título fazia questão de que o cobertor helvético agasalhasse o grosso da fortuna mal granjeada.
Mas nem só de ditadores vive o mundo. Corruptos, ladrões, desonestos e que tais seguiam a mesma via: banco suíço era o lugar mais apropriado pra enfurnar dinheiro de origem duvidosa.
Só que… o tempo passou, a Terra girou, costumes mudaram. Dez anos atrás, ninguém acreditava que a situação fosse evoluir tão rapidamente. Mas evoluiu: em poucos anos, o sigilo bancário suíço praticamente desapareceu. O pouco que resta está vivendo os últimos momentos.
Teve gente, mais esperta e avisada, que se deu conta, a tempo, de que algo estava mudando. Foram os que retiraram suas barras de ouro in natura e saíram carregando na sacola.
Só que… o tempo passou, a Terra girou, costumes mudaram. Dez anos atrás, ninguém acreditava que a situação fosse evoluir tão rapidamente. Mas evoluiu: em poucos anos, o sigilo bancário suíço praticamente desapareceu. O pouco que resta está vivendo os últimos momentos.
Teve gente, mais esperta e avisada, que se deu conta, a tempo, de que algo estava mudando. Foram os que retiraram suas barras de ouro in natura e saíram carregando na sacola.
Encerraram as contas e nenhum rastro ficou. Foram ancorar o iate em portos mais seguros.
Houve os menos atentos (ou mais ingênuos) que, com a mente talvez absorta por outras negociatas, não se deram conta de que a banca suíça perdia rapidamente suas características.
Houve os menos atentos (ou mais ingênuos) que, com a mente talvez absorta por outras negociatas, não se deram conta de que a banca suíça perdia rapidamente suas características.
Tranquilos e confiantes, deixaram dormir sua fortuna. Deram-se mal.
O Estadão noticiou, faz alguns dias, que cerca de cem contas suspeitas, cujos beneficiários são cidadãos brasileiros, estão bloqueadas.
Uma centena, minha gente! A Lava a Jato está muito longe de terminar. Deve haver muita gente em Brasília com dificuldade em pegar no sono. Não só em Brasília.
As relações entre o Ministério Público do Brasil e seu homólogo suíço nunca estiveram tão íntimas, tão cordiais, tão proveitosas como atualmente.
As relações entre o Ministério Público do Brasil e seu homólogo suíço nunca estiveram tão íntimas, tão cordiais, tão proveitosas como atualmente.
Enquanto outros países, como a Ucrânia e a Malásia, reclamam há meses contra a falta de cooperação da Suíça, o Brasil tem conseguido, com facilidade, informações, documentos, provas, atestações e até restituição de depósitos.
O jornal suíço 24 Heures traz um resumo do escândalo Petrobrás. Cita a declaração de Monsieur André Regli, embaixador da Suíça em Brasília: «L’image de la Suisse auprès des Brésiliens a fortement évolué grâce à cette coopération judiciaire» – a imagem da Suíça melhorou muito, junto aos brasileiros, graças a essa cooperação judicial.
Tremei, mensaleiros, petroleiros & congêneres! Limão galego, relou tá pego! Tem muita gente que nem sabe que já foi relada.
16 de outubro de 2015
José Horta Manzano
Tremei, mensaleiros, petroleiros & congêneres! Limão galego, relou tá pego! Tem muita gente que nem sabe que já foi relada.
16 de outubro de 2015
José Horta Manzano
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