TCU MANDOU A ELETRONUCLEAR CONTINUAR LICITAÇÃO SOB SUSPEITA
Auditores do Unidade Técnica do Tribunal de Contas de União chegaram a recomendar a suspensão do edital de pré-qualificação, em 2011, lançado pela Eletronuclear para as obras da Usina Nuclear Angra 3, mas os ministros do TCU mandaram continuar a licitação, agora alvo da Operação Lava Jato. A investigação culminou com a prisão do presidente da estatal, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Em depoimento sob acordo de delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, chefe do clube vip das empreiteiras que se apossaram de contratos bilionários da Petrobrás, afirmou que pagava R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, para ter acesso a informações privilegiadas sobre assuntos do seu interesse. A UTC e outras empresas enroladas na Lava Jato integravam o Consórcio Una 3, interessado no contrato.
Pessoa também afirma haver contratado Tiago Cedraz para atuar em um caso sobre a Usina de Angra 3, que discutia licitação para obras de R$ 2 bilhões, e disse que repassou ao escritório dele R$ 1 milhão para supostamemte serem entregues ao ministro Raimundo Carreiro, relator do processo em que a área técnica do TCU recomendava a suspensão do edital. O relatório de Carreiro recomendou a continuidade da licitação pública, que na prática excluiu os concorrentes da UTC.
Também em delação premiada, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini afirmou que o edital de pré-qualificação de Angra 3 continha cláusulas "propositalmente restritivas à concorrência com o intuito de restringir a competição às empreiteiras mancomunadas com o Othon Luiz, as quais prometeram o pagamento de vantagens indevidas ao gestor público".
O Ministério Público Federal estima que os pagamentos de propina podem ter chegado a R$ 30 milhões, valor corresponde a 1% dos contratos de cerca de R$ 3 bilhões, firmados pela Eletronuclear com empresas consorciadas, entre as quais a UTC e a Andrade Gutierrez.
29 de julho de 2015
diário do poder
Auditores do Unidade Técnica do Tribunal de Contas de União chegaram a recomendar a suspensão do edital de pré-qualificação, em 2011, lançado pela Eletronuclear para as obras da Usina Nuclear Angra 3, mas os ministros do TCU mandaram continuar a licitação, agora alvo da Operação Lava Jato. A investigação culminou com a prisão do presidente da estatal, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Em depoimento sob acordo de delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, chefe do clube vip das empreiteiras que se apossaram de contratos bilionários da Petrobrás, afirmou que pagava R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, para ter acesso a informações privilegiadas sobre assuntos do seu interesse. A UTC e outras empresas enroladas na Lava Jato integravam o Consórcio Una 3, interessado no contrato.
Pessoa também afirma haver contratado Tiago Cedraz para atuar em um caso sobre a Usina de Angra 3, que discutia licitação para obras de R$ 2 bilhões, e disse que repassou ao escritório dele R$ 1 milhão para supostamemte serem entregues ao ministro Raimundo Carreiro, relator do processo em que a área técnica do TCU recomendava a suspensão do edital. O relatório de Carreiro recomendou a continuidade da licitação pública, que na prática excluiu os concorrentes da UTC.
Também em delação premiada, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini afirmou que o edital de pré-qualificação de Angra 3 continha cláusulas "propositalmente restritivas à concorrência com o intuito de restringir a competição às empreiteiras mancomunadas com o Othon Luiz, as quais prometeram o pagamento de vantagens indevidas ao gestor público".
O Ministério Público Federal estima que os pagamentos de propina podem ter chegado a R$ 30 milhões, valor corresponde a 1% dos contratos de cerca de R$ 3 bilhões, firmados pela Eletronuclear com empresas consorciadas, entre as quais a UTC e a Andrade Gutierrez.
29 de julho de 2015
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