O americano John Rockefeller dizia que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada, e que o segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo mal administrada.
Com o petróleo a US$ 100 o barril, a máxima criada pelo bilionário funcionou perfeitamente para a Petrobras durante quase uma década. A estatal tinha uma das piores gestões do mundo e ninguém se dava conta.
A Operação Lava Jato descobriu o ralo de corrupção instalado na companhia, que permitia drenar bilhões e bilhões para abastecer políticos e partidos. Mas a faxina da má gestão, aquela que vai realmente tirar a sujeira debaixo do tapete, mal começou.
A Petrobras emprega 446 mil pessoas - 80% delas entraram sem concurso, como prestadores de serviço. Como uma empresa pode ser bem administrada com quase meio milhão de colaboradores ?! Para ter uma ideia: a concorrente Shell tem 94 mil pessoas ao redor do planeta.
São inúmeras as histórias dos afilhados de algum político e/ou partido que não fazem rigorosamente nada. Ou pior, estão ali para desviar dinheiro. Obviamente essas pessoas tomam decisões empresariais equivocadas que custam muito mais à empresa do que seus salários.
A Petrobras já começou a cortar investimentos e vender patrimônio para reduzir sua pesada dívida, mas vai ter que fazer uma revisão profunda de sua estrutura e do seu quadro de funcionários se quiser se recuperar.
O problema é complexo, porque a ineficiência da Petrobras é algo muito difícil de medir pelas características do setor de petróleo, por sua condição de monopolista e pela arrogância que sempre caracterizou a empresa. Simplesmente não existem no Brasil outras refinarias que poderíamos utilizar como base de comparação.
Nos últimos anos, o governo drenou o caixa da estatal vendendo gasolina subsidiada para o consumidor. Mas quantos milhões será que foram suprimidos desse mesmo caixa pela má gestão?
Alguns podem pensar que, se fosse mais bem administrada, a Petrobras venderia gasolina mais barata. É um raciocínio equivocado, porque a gasolina é uma commodity e seus preços variam conforme o mercado internacional se não houver intervenção do governo.
No caso de empresas de commodity, maior ou menor eficiência refletem em sua competitividade no mercado e em sua margem de lucro. Mas o Brasil pode se beneficiar, sim, de um aumento da eficiência da Petrobras.
A estatal pagaria mais impostos e royalties, produziria mais petróleo, exportaria mais, contribuindo com a balança comercial e para o equilíbrio externo do país, investiria mais e geraria mais empregos - esses, sim, bem remunerados e produtivos para a sociedade.
Por isso, fica a pergunta: até quando vamos tolerar a ineficiência da Petrobras?
17 de julho de 2015
Raquel Landim
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Perguntar não ofende, mas a pergunta que deveria ser feita, seria: até quando vamos tolerar a ineficiência do governo? Sim, pois o que aconteceu na Petrobras é resultado da apropriação da empresa por um partido que se locupletou com os seus recursos, além de locupletar os bolsos dos membros de uma gangue que buscou apenas o enriquecimento ilícito, mandando o país as favas.
Nunca na história desse país, um partido invadiu tantas instituições, teve tanto poder na administração pública de bancos e estatais, para simplesmente colocar em andamento um projeto de poder bolivariano, submisso às diretrizes do forum de SP.
Entrou sem qualquer programa de governo, trazendo no alforge apenas o delírio de uma ideologia comuno-fascista de se eternizar no poder.
Hoje, o país amarga uma situação de descalabro geral, navegando num oceano de escombros, com gigantescas dívidas internas e externas, com o desemprego, com um PIB ridículo, e ainda procurando ocultar com mentiras a calamidade que assombra o Brasil: a desmedida corrupção que enriquece as manchetes diariamente com escândalos nunca vistos.
A inconsciência de empresários de alto coturno que se aliou aos interesses rasteiros de um partido, buscando apenas vantagens e enriquecimento, ainda que corrompendo e devastando o patrimônio público, de alguma forma trouxe o benefício de apagar a impunidade, tão característica do 'jeitinho brasileiro' de aliviar os crimes de colarinhos brancos, que por isso mesmo, apostaram na ineficiência de uma justiça que os atingisse.
Mas o inesperado aconteceu... Hoje os grandes empresários, as poderosas elites, desfilam publicamente a vergonha da transparência das suas falcatruas, além das covardes delações dos "cumpanheros" de crimes...
m.americo
Com o petróleo a US$ 100 o barril, a máxima criada pelo bilionário funcionou perfeitamente para a Petrobras durante quase uma década. A estatal tinha uma das piores gestões do mundo e ninguém se dava conta.
A Operação Lava Jato descobriu o ralo de corrupção instalado na companhia, que permitia drenar bilhões e bilhões para abastecer políticos e partidos. Mas a faxina da má gestão, aquela que vai realmente tirar a sujeira debaixo do tapete, mal começou.
A Petrobras emprega 446 mil pessoas - 80% delas entraram sem concurso, como prestadores de serviço. Como uma empresa pode ser bem administrada com quase meio milhão de colaboradores ?! Para ter uma ideia: a concorrente Shell tem 94 mil pessoas ao redor do planeta.
São inúmeras as histórias dos afilhados de algum político e/ou partido que não fazem rigorosamente nada. Ou pior, estão ali para desviar dinheiro. Obviamente essas pessoas tomam decisões empresariais equivocadas que custam muito mais à empresa do que seus salários.
A Petrobras já começou a cortar investimentos e vender patrimônio para reduzir sua pesada dívida, mas vai ter que fazer uma revisão profunda de sua estrutura e do seu quadro de funcionários se quiser se recuperar.
O problema é complexo, porque a ineficiência da Petrobras é algo muito difícil de medir pelas características do setor de petróleo, por sua condição de monopolista e pela arrogância que sempre caracterizou a empresa. Simplesmente não existem no Brasil outras refinarias que poderíamos utilizar como base de comparação.
Nos últimos anos, o governo drenou o caixa da estatal vendendo gasolina subsidiada para o consumidor. Mas quantos milhões será que foram suprimidos desse mesmo caixa pela má gestão?
Alguns podem pensar que, se fosse mais bem administrada, a Petrobras venderia gasolina mais barata. É um raciocínio equivocado, porque a gasolina é uma commodity e seus preços variam conforme o mercado internacional se não houver intervenção do governo.
No caso de empresas de commodity, maior ou menor eficiência refletem em sua competitividade no mercado e em sua margem de lucro. Mas o Brasil pode se beneficiar, sim, de um aumento da eficiência da Petrobras.
A estatal pagaria mais impostos e royalties, produziria mais petróleo, exportaria mais, contribuindo com a balança comercial e para o equilíbrio externo do país, investiria mais e geraria mais empregos - esses, sim, bem remunerados e produtivos para a sociedade.
Por isso, fica a pergunta: até quando vamos tolerar a ineficiência da Petrobras?
17 de julho de 2015
Raquel Landim
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Perguntar não ofende, mas a pergunta que deveria ser feita, seria: até quando vamos tolerar a ineficiência do governo? Sim, pois o que aconteceu na Petrobras é resultado da apropriação da empresa por um partido que se locupletou com os seus recursos, além de locupletar os bolsos dos membros de uma gangue que buscou apenas o enriquecimento ilícito, mandando o país as favas.
Nunca na história desse país, um partido invadiu tantas instituições, teve tanto poder na administração pública de bancos e estatais, para simplesmente colocar em andamento um projeto de poder bolivariano, submisso às diretrizes do forum de SP.
Entrou sem qualquer programa de governo, trazendo no alforge apenas o delírio de uma ideologia comuno-fascista de se eternizar no poder.
Hoje, o país amarga uma situação de descalabro geral, navegando num oceano de escombros, com gigantescas dívidas internas e externas, com o desemprego, com um PIB ridículo, e ainda procurando ocultar com mentiras a calamidade que assombra o Brasil: a desmedida corrupção que enriquece as manchetes diariamente com escândalos nunca vistos.
A inconsciência de empresários de alto coturno que se aliou aos interesses rasteiros de um partido, buscando apenas vantagens e enriquecimento, ainda que corrompendo e devastando o patrimônio público, de alguma forma trouxe o benefício de apagar a impunidade, tão característica do 'jeitinho brasileiro' de aliviar os crimes de colarinhos brancos, que por isso mesmo, apostaram na ineficiência de uma justiça que os atingisse.
Mas o inesperado aconteceu... Hoje os grandes empresários, as poderosas elites, desfilam publicamente a vergonha da transparência das suas falcatruas, além das covardes delações dos "cumpanheros" de crimes...
m.americo
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