(Folha) A Itália comunicou ao governo brasileiro que a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato poderá ser realizada a partir da próxima segunda (15). A partir daí, o governo brasileiro tem 20 dias para buscá-lo. O objetivo é que ele seja trazido no primeiro dia do prazo para evitar manobra judicial da defesa do petista que possa protelar mais uma vez sua extradição. Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão.
"As autoridades brasileiras estarão prontas para cumprir imediatamente o processo de extradição, salvo alguma decisão que altere o prazo estabelecido", afirmou a nota do governo brasileiro, emitida em conjunto pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, pela Advocacia-Geral da União e pelo Ministério Público Federal.
Único dos condenados do mensalão a fugir do país, o ex-diretor do BB chegou à Itália em setembro de 2013 e vivia com documentos em nome de um irmão morto até ser descoberto pela Interpol cinco meses depois.
Ao longo dos 15 meses da batalha judicial, o argumento-chave da defesa --rejeitado pela Justiça e pelo governo-- foi a má situação das prisões brasileiras. Pizzolato deverá cumprir pena no presídio da Papuda (DF). Procurado pela Folha desde a semana passada, o defensor de Pizzolato, Alessandro Sivelli, não respondeu aos pedidos de entrevista.
11 de junho de 2015
in coroneLeaks
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