"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de maio de 2015

QUEM AINDA ESCUTA DILMA?

A ida da presidente Dilma Rousseff ao Congresso do PC do B, realizado em São Paulo, foi mais uma oportunidade que ela teve para se pôr na contramão da maioria da Câmara dos Deputados, que começou a votar a reforma política.

Trata-se de alguma manobra de Dilma que, de tão inteligente, poucos conseguem entender a que veio.

Nesta semana, por larga maioria, a Câmara aprovou emenda à Constituição que permite o financiamento privado de campanhas. Empresas poderão continuar doando a partidos. Candidatos só poderão receber doações de pessoas físicas.

O PT defende o financiamento público. Talvez para fazer média com ele, foi como procedeu Dilma no Congresso do PC do B.

Faria algum sentido ela ficar contra uma decisão da Câmara se tivesse esperança de revertê-la. Mas não é o caso. Poucos deputados ainda se preocupam em votar de acordo com Dilma. Poucos fazem questão de saber o que o governo pensa a respeito.

PT e PC do B pensam o que Dilma defendeu. Mas os dois partidos não são suficientes para garantir uma mudança de posição da Câmara.

Recomenda-se a algum assessor capaz de ser ouvido por Dilma que a aconselhe a pensar bastante antes de falar. Para não perder seu tempo. Para não perder o tempo dos outros. Para não se desgastar de graça.

Com frequência, ela dá a impressão de viver num mundo que não existe. Ou que deixou de existir.


30 de maio de 2015
Ricardo Noblat

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