"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de março de 2015

UMA POPULAÇÃO QUE LEVA VIDA DE GADO



Fala-se, agora, que a presidente Dilma proporá “pacto político” que evite “o agravamento da crise econômica”. A informação, dada por Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, reflete bem este país de assaltantes dos cofres públicos, dirigido por quadrilhas organizadas que se revezam com maestria no poder. Os aristocratas da corte, arquimilionários do dinheiro público, sempre que a situação emite sinais de sair do controle buscam acomodar problemas para continuarem se locupletando.

Antes, na montagem dos acordos, sem qualquer variação, empregava-se o vocábulo “conciliação”. O registro de nossa história política está cheio de tais situações, onde a massa disforme paga a conta, sem direito a nada. Agora, adota-se o termo “pacto político”, reunindo-se os maiores quadrilheiros conhecidos neste país de calhordas com o PSDB capitaneado por FHC, amorosamente alcunhado “Boca de Tuba”.

O ex-presidente, cujo ego inflado quase lhe impede falar, já foi reconhecido em priscas eras como “O reprodutor do Senado”, à época em que teve um filho com a jornalista Miriam Dutra (Rede Globo) e, outro, com a cozinheira do então senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Vivia de quatro, como se estivesse pastando, ao efetuar visitas a mandatários estrangeiros, exibindo boca amontoada de dentes e identificando o povo brasileiro como “caipira”, além de classificar os aposentados como “vagabundos”.

O ego de FHC equipara-se ao de alguns ministros do STF que sequer conseguem emitir som considerado humano, ao dissertarem sobre temas de interesse da coletividade em uma língua conhecida como “juridiquês de nefelibatas”. A entonação e empostação de voz de tais personagens transmitem a ideia de que estão prestes a vomitar. Pode-se observar que são pouquíssimos os repórteres que se aproximam com seus microfones, antes preferindo estender o braço e deixar tudo sob a luz da providência divina.

Somos, assim, um país onde cada vez mais os ditos homens públicos se distanciam das ruas e imaginam pertencer a categoria cuja composição corpórea exibe material à parte e de muito superior qualidade. Tais seres são atendidos no Sírio Libanês, ao sinal de qualquer indisposição, viajam em primeira classe nos aviões, rodam em automóveis blindados e, na maioria das vezes, com batedores, quando não são socorridos por helicópteros que impedem o contato com pessoas comuns ditas normais.

Não enxergam o país triste que destroem, legado infeliz para futuras gerações que sequer sabemos se virão. Com o agravamento da era glacial, a cada dia mais visível, não há nada em que se deva apostar. Os nossos dirigentes não se mostram preocupados com a construção de uma nação e está bem claro que nunca conseguimos atingir tal patamar. O que querem mesmo é dinheiro, pois sabem que aqui não existem presídios dignos de abrigá-los e que seus cúmplices nos altos postos o socorrerão.

Vivemos num país de faz de contas onde a presidente é uma imbecil semialfabetizada que quando abre a boca oferece a certeza de carecer de massa encefálica. Em sua periferia atua um ex-presidente, conhecido como Lularápio, que afirma dispor de um “exército” cuja existência é real, pois destruiu esta semana um cultivo de transgênicos na invasão de fazenda particular, e não faz muito tempo havia destruído, numa outra fazenda, laranjais e fruteiras que produziam.

Enquanto isso, a principal emissora de televisão do país, a Rede Globo, imbeciliza a maior parte da população com novelas pornográficas, mostrando cenas capazes de envergonhar até o mais desbocado dos mortais. Há quem diga que o país tem jeito e que irá se desenvolver mesmo cercado de imbecis e de analfabetos, dirigido por patifes que o tempo inteiro se apoderam da riqueza produzida.

Como diria Einstein: como se pode obter resultado diferente, fazendo-se sempre a mesma coisa?

07 de março de 2015
Márcio Accioly é Jornalista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário