"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 4 de março de 2015

SINAIS DA BARBÁRIE

Casas de câmbio negociam dólar-turismo a R$ 3,35; na cotação oficial, moeda rompe barreira dos R$ 3; depois, recua um pouco

Uma frase parece sintetizar o espírito do mercado: “Ninguém sabe onde vai parar, é uma barbárie”. O emblema desses dias é de autoria de Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez. Bruno Gonçalves, analista da WinTrade, se estende um pouco mais: “O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos deteriorados. Agora, há esse ‘a mais’, que é o cenário político conturbado, dificultando a implementação do ajuste fiscal”.
 
O “a mais” se refere à decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de devolver a MP da reoneração da folha de pagamentos. Ou por outra: nem tanto é a coisa em si, mas a bagunça para a qual ela aponta.
 
O dólar furou o marco simbólico dos R$ 3; recuou, depois, um pouco. Às 14h49, estava cotado a R$ 2,978 para compra e a R$ 2,979 para a venda.
O dólar turismo, oficialmente, estava em R$ 2,90. Nas casas de câmbio, era negociado a R$ 3,35.
É a tal barbárie. Uma barbárie, antes de mais nada, política.
 
04 de março de 2015
Reinaldo Azevedo    

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