"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

EDURDO CUNHA DERROTA O GOVERNO E O PT NA ELEIÇÃO DA CÂMARA


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Cunha conseguiu quase o dobro dos voos de Chinaglia

Conforme já era esperado, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) conseguiu derrotar o governo e o PT, elegendo-se com facilidade para a presidência da Câmara.
Concluída a votação, o placar registra 267 votos para Eduardo Cunha (PMDB), que se elegeu já no primeiro turno.
O petista Arlindo Chinaglia ficou em segundo lugar, com 136 votos. Júlio Delgado do (PSB) ficou com 100 votos e Chico Alencar (Psol) teve 8 votos. Dois deputados votaram em branco.

Sobre a traição do PRB do ministro George Hilton (Esporte) que apoiou Eduardo Cunha (PMDB) ao invés de Arlindo Chinaglia (PT-SP), o deputado Paulo Maluf (PP-SP) soltou: “Se eu fosse a Dilma demitia o ministro amanhã. Se não, vão achar que ela é frouxa”. Além do PRB, o PP, que tem o ministério da Integração, e o PTB, que tem Desenvolvimento, Indústria e Comércio, também apoiaram o PMDB.

“PRIMEIRO-MINISTRO”

Ministros da presidente Dilma Rousseff já esperavam a vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara, informou a repórter Natuza Nery.
Nos bastidores, interlocutores do Palácio do Planalto avaliavam que a Câmara sempre foi o lugar mais instável do Legislativo e que Cunha assumiria com ares de primeiro-ministro.

Apesar de uma esperada fissura na base de sustentação do governo, que tendia a dar maioria dos votos ao candidato do PMDB (também da base), o Palácio ainda via meios de reaglutinar seu apoio na Câmara e recompor a convivência com grupos rebeldes.

Antes da votação, quando Arlindo Chinaglia (PT) passou pelo adversário Eduardo Cunha (PMDB), eles não se cumprimentaram. Deputados pediam para fazer selfie com Cunha no plenário da Câmara.
Os petistas anteviam a derrota, mas afirmavam que a decisão iria para o segundo turno se Julio Delgado (PSB-MG) tivesse 80 votos.

Mas um deputado tucano disse à Folha que parte da bancada do PSDB de São Paulo ia votar em Cunha para enfraquecer a articulação que Aécio Neves fez em prol de Júlio Delgado. Tratava-se de uma forma de demonstrar que Aécio não é tão forte, e mandar um recado sobre as eleições de 2018.

Muitos deputados queriam saber de Eduardo Cunha qual o lugar da festa de comemoração. “Deixa ganhar primeiro”, respondia o favorito na disputa.
Depois da apuração, os tucanos comemoraram a vitória de Cunha. Disseram que saem vitoriosos porque ajudaram a ampliar o racha na base aliada do governo.

02 de fevereiro de 2015
 Deu na Folha

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