"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

AO DEIXAR O SENADO, SUPLICY FAZ CRÍTICAS A DILMA


Senador Eduardo Suplicy faz seu discurso de despedida do Senado Federal
Magoado, Suplicy revela que Dilma se recusou a recebê-lo

Ao encerrar  seus 24 anos no Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) publicou em seu perfil no Facebook uma mensagem de despedida do Congresso com críticas à presidente Dilma Rousseff. O parlamentar aguardava ser chamado para uma audiência com a colega de partido antes do final do mandato.

“Sinto imensamente que a Presidenta Dilma Roussef, após ter assegurado que me receberia antes do término do meu mandato, para conversar sobre proposta feita por todos os 81 senadores, não tenha me recebido. Foram oito cartas enviadas desde junho de 2013. Sou senador do PT. Muitos foram recebidos mesmo não sendo do PT. Era justo que me recebesse ou, como ela mesmo me disse, mais do que justo”, disse.

No último dia 17, em seu discurso de despedida do Congresso, Suplicy já havia feito um pedido para que o PT fizesse uma reflexão sobre seus “erros” nos últimos anos. Ao afirmar que o partido perdeu eleitores em São Paulo –Estado que não reelegeu o petista para mais um mandato– o parlamentar disse que o PT viveu um “tsunami” que reduziu a votação da sigla.

UMA REFLEXÃO

“Todos nós do PT devemos fazer uma reflexão de profundidade, especialmente em São Paulo, para conhecermos melhor as razões pelas quais encontramos tantos obstáculos. É necessário refletir sobre os erros cometidos para que venhamos a tomar medidas necessárias para prevenir, corrigir e não incidir mais nos tropeços que macularam a nossa imagem”, afirmou.

Apesar do pedido de reflexão, Suplicy não mencionou escândalos de corrupção que envolveram membros do partido, como o mensalão. Mas apresentou números que comprovam a redução da força do PT em São Paulo, reduto político onde a sigla surgiu na década de 1980, como a reduzida votação de Alexandre Padilha (PT) para o governo do Estado.

“A alegria que senti pela vitória da presidente Dilma, sobretudo pela votação nos Estados do Norte, Minas e outros me recompensou pela tristeza de não ter sido eleito”, afirmou.

RENDA BÁSICA

Emocionado durante todo o discurso, Suplicy fez um histórico de sua atuação no parlamento, com destaque para a proposta de sua autoria que cria a renda básica de cidadania. Na ocasião, o petista fez um apelo para que a presidente Dilma Rousseff atenda seu pedido para criar um grupo de trabalho para discutir a implementação da renda mínima no governo.

“Espero que ela possa atender essa iniciativa de bom senso, antes que termine o meu mandato.”

Suplicy foi derrotado por José Serra (PSDB-SP) nas eleições para o Senado. Será a primeira vez desde 1991 que o petista ficará sem mandato no Legislativo Federal. O senador fez rápida menção ao tucano no discurso quando agradeceu aos mais de seis milhões de eleitores que escolheram seu nome para o Senado.

“Agradeço aos oito milhões de votos em 2006, eleição da qual fui vencedor. E aos seis milhões que votaram em mim em 2014, quando José Serra foi vencedor.”

02 de fevereiro de 2015
 Deu na Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário