A pergunta não é se o vexame de terça-feira, em Belo Horizonte, afetará os políticos. Desgastados eles já estão, ao grau máximo. Importa mesmo saber se os sete a um da capital mineira farão retornar nas pesquisas os índices de queda da candidatura da presidente Dilma à reeleição. É provável que sim, mesmo sem beneficiar seus adversários.
Termômetro capaz de aferir a baixa temperatura na campanha oficial estará instalado no centro nas quatro linhas ou na tribuna de honra do Maracanã, domingo.
As vaias das arquibancadas são previsíveis, menos pelo fato de o selecionado brasileiro estar de fora da última disputa, mais porque a presidente Dilma exprime a insatisfação nacional diante das carências populares registradas nas ruas há mais de um ano. Mesmo com a assistência na derradeira partida caracterizada como da classe média para cima, nem por isso os torcedores deixarão de misturar-se à indignação do povão.
Termômetro capaz de aferir a baixa temperatura na campanha oficial estará instalado no centro nas quatro linhas ou na tribuna de honra do Maracanã, domingo.
As vaias das arquibancadas são previsíveis, menos pelo fato de o selecionado brasileiro estar de fora da última disputa, mais porque a presidente Dilma exprime a insatisfação nacional diante das carências populares registradas nas ruas há mais de um ano. Mesmo com a assistência na derradeira partida caracterizada como da classe média para cima, nem por isso os torcedores deixarão de misturar-se à indignação do povão.
Conclui-se que o horror verificado no “mineirão” terá ajudado a inflar o sentimento de rejeição da opinião pública contra o governo. Haverá reflexos na eleição, ainda que de antemão não se possa prever a derrota da presidente. Nos apupos mal-educados que ela tem recebido e fatalmente vai continuar recebendo daqui a três dias, se é que manterá a decisão de entregar a copa ao vencedor, estará embutida a perda de votos para outubro.
No governo já se trabalha com a hipótese da “volta por cima” nos efeitos da humilhante derrota de dois dias atrás. Fazer o quê?
Uma tentativa de minimizar o estrago seria adotar exemplos uma vez oferecidos por Leonel Brizola no governo do Rio de Janeiro. Ao anunciar a construção do Sambódromo, por inspiração de Darcy Ribeiro, o governador anunciou a transformação de toda a estrutura em salas de aula, no período em que não haveria desfiles carnavalescos.
Por que não aproveitar a ociosidade desses doze elefantes brancos, durante a semana sem disputas esportivas, para fazê-los funcionar como universidades e centros de ensino médio?
Nem seria necessário gastar mais recursos públicos para adaptar suas dependências, porque o ensino privado ficaria feliz em arcar com as despesas e em seguida faturar milhões com a abertura de novas vagas. Além de beneficiar montes de professores desempregados.
Nem seria necessário gastar mais recursos públicos para adaptar suas dependências, porque o ensino privado ficaria feliz em arcar com as despesas e em seguida faturar milhões com a abertura de novas vagas. Além de beneficiar montes de professores desempregados.
É preciso ousar, e não haveria quem se levantasse contra a proposta, claro que necessitada de estudos profundos para a adaptação.
Nenhum dos candidatos presidenciais anunciou isso, muito menos Dilma, mas a sugestão está no ar que a gente respira. Uma forma de contrabalançar o desperdício agora exposto com nossa vergonhosa derrota frente aos alemães.
11 de julho de 2014
Carlos Chagas
11 de julho de 2014
Carlos Chagas
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