"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 1 de julho de 2014

E A JUVENTUDE?



"Há corrupção, falta de transparência, de vitalidade das democracias e isso leva os jovens a aderir à indiferença a ao desprezo pelo social e pelo político, o que acho muito grave". 
 
Pronunciada em recente entrevista por uma personalidade importante dos tempos atuais, ligada à literatura, à política e às questões sociais, Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, a afirmativa resume muito bem a crise que vivem hoje as democracias mundo afora. 
 
Seria desejável que os políticos brasileiros, ao encararem o espelho diariamente, se deparassem com o desabafo do escritor e passassem desde já a rever suas atitudes anti-éticas e suas manobras de pragmatismo individual na luta pelo poder, que a todo momento agridem a sociedade. 
 
Que o façam antes que a democracia brasileira corra risco de implodir, com consequências imprevisíveis. 
 
O conteúdo e o sentido da frase, dirigida na verdade a todos os líderes democráticos que estão atualmente no poder, brasileiros incluídos,  vaticinam, a médio prazo, dias complicados, com a participação caótica, cética e debochada da juventude que, via desconfiança generalizada do poder público, levará  os países, mais cedo ou mais tarde, a um estado de anarquismo endêmico.  
 
Senhores políticos que se julgam guardiões da democracia, já passou a hora de despertar para uma realidade que clama por urgência.
 
30 de junho de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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