"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

AÉCIO ONTEM NO RODA VIVA: VÍDEO COMPLETO


Assino embaixo do texto do Enio Mainardi no Facebook. Aécio não pode ser FHC full time. Uma pitada de Lula (uma pitada só, senão vira merda) e arregaçar os punhos de renda (parte integrante da farda do PSDB) se fazem necessários. Mas a entrevista não deixou de ser interessante e mostra que, sem sombra de dúvida o mineiro está preparadíssimo para assumir a Presidência da República.


Enio Mainardi: Aécio: Recrudescimento…Flexibilização…

Acabando o Roda Viva agora, já no último intervalo, vim direto para meu Mac. Vi o programa quase que inteiro. O “quase” é por conta de uma certa dormência que me atacou durante o papo amigo do Aécio com seus entrevistadores. Eles foram extremamente simpáticos. Perguntas e considerações adequadas, provavelmente vão todos votar nele. Então a temperatura ambiente do programa estava em confortáveis 37.4 graus centígrados. Enquanto esta noite, segundo a meteorologia, vai chegar a 6 graus em São Paulo, no frio da madrugada. O Aécio passou 12 rounds do programa sem suar a camisa. A mineirice dele superou quaisquer armadilhas que porventura pudessem acontecer no correr de seu discurso fragmentado de candidato. Eu fui vendo, fui, fui, fui… e de vez em quando despertava com susto. Será que eu tinha perdido alguma declaração importante? Mas não, felizmente, nada de procelas no horizonte. Essa palavra palavra “procela” eu já não usava faz uns 40 anos, percebo agora. Devo ter sido inspirado por palavras como “recrudescimento”, “flexibilização” e outras que rechearam a forma de falar do Aécio. Em minha opinião, tudo bem, considerando que ele estava conversando com jornalistas que também usam tal vocabulário. Mas tenho receio dele seguir esse modelito durante a campanha, quando ela pegar fogo. Se as declarações e sorrisos do Aécio pudessem ser comparadas com a geografia , com acidentes geográficos, digo, a atuação dele se assemelharia a uma planície não perturbada por vales, montanhas e outros relevos naturais da terra. Foi uma exposição monótona? Não, na verdade maizomeno, tudo dentro dos conformes de um debate civilizado de idéias. Então o que me incomodou? Foi exatamente isso : uma exposição demais regular, demais desemocionada, que me levou até à mim, que vou votar nele a ficar meio cansado com o som de rodas de trem em movimento, clank, clank, clank…Se ele me telefonasse agora e pedisse meu sentimento quanto ao seu desempenho, eu provavelmente diria “põe mais adrenalina na tua fala, Aécio”! Acho que para ganhar a classe C a linguagem dele vai precisar mudar mais do que ele está acostumado a dar. O Aécio tem que se chegar ás pessoas com uma linguagem mais populista, mais didática, mais óbvia. As idéias dele, a substância, o produto final - bato palmas de pé. Mas a embalagem...não sei não.
 
04 de junho de 2014

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