Em entrevista ao programa “Roda Viva”, pré-candidato tucano disse que primeiras medidas no governo seriam a redução dos ministérios e secretaria para simplificar sistema tributário
Em entrevista ao programa "Roda Viva", na TV Cultura, o tucano disse que não vai mudar suas estratégias de acordo com pesquisas eleitorais. Com as disputas por palanques estaduais acirradas, o pacto de não agressão entre Aécio e Campos ficou fragilizado.
— Eu não vou mudar minha estratégia em função de uma outra pesquisa de opinião — afirmou o senador referindo-se implicitamente ao pernambucano que já fez parte da base da presidente Dilma Rousseff.
— O grande desafio da oposição é apresentar uma mudança (…) O governo é tão ruim que até o PT quer mudar — afirmou o senador em uma referência indireta ao movimento "Volta, Lula".
O senador tucano voltou a afirmar que as duas primeiras medidas em seu eventual governo seria o corte de metade dos atuais 39 ministérios e criar uma secretaria extraordinária para simplificar o sistema tributário e avançar em três pontos da reforma política: o retorno da cláusula de desempenho, para reduzir o número de partidos, o voto distrital misto e o fim da reeleição.
No programa, Aécio reafirmou sua posição contra a descriminalização da maconha.
— Não acho que o Brasil deva ser laboratório para descriminalização de qualquer droga, vamos observar o que está acontecendo no mundo. O que precisa é ter uma política nacional de segurança. Bandeira petista, o programa Bolsa Família não vai acabar em uma eventual gestão tucana, de acordo com o senador.
— Nossa proposta transforma o Bolsa Família em política de Estado, tira da órbita de uma secretaria subordinada a um ministério regulada por decreto, para não ser usado como instrumento eleitoral. Para nós, o Bolsa Família é o ponto de partida, para o PT é o ponto de chegada.
Questionado sobre políticas de alianças, tema incômodo ao PT, o tucano prometeu fazer acordos de acordoo com seu plano de governo.
— Apoio você não nega, mas isso não quer dizer que essas pessoas precisam estar no governo.
Sobre política externa, o senador fez críticas ao "alinhamento ideológico" do governo petista com o bloco bolivariano.
— Temos que flexibilizar as amarras do Mercosul, fugir desse alinhamento ideológico e procurar parcerias com o mundo desenvolvido.
Ao deixar o estúdio, Aécio disse não ter se incomodado com as questões abordadas.
— Quem tem uma disputa como essa, com o PT, não pode esperar facilidades.
04 de junho de 2014
O globo online
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