"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

BRASIL REAL SEM O SOFISMA DO BRASIL MARAVILHA

ONS diz que operar sistema de energia está cada vez mais difícil e estressante. "Hoje, qualquer energia firme que for colocada no sistema é importante. Não me refiro apenas a 400 MW, mas a 200 MW, 100 MW, o que tiver"



O diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, disse, nesta terça-feira, 20, que o atual modelo energético brasileiro tornou mais árduo o trabalho de operar o sistema. Com menos reservatórios e um modelo pautado principalmente no menor custo da energia e questões ambientais, e não em garantir maior segurança de abastecimento, a necessidade de transferência energética entre as regiões e de maior volume de energia gerada nas térmicas se tornou uma constante.

"Está ficando cada vez mais difícil e estressante (operar o sistema). Não há reservatórios, e com isso há mais geração térmica. Não apenas neste ano, mas também em anos com uma hidrologia próxima da média", afirmou o executivo, que participa nesta manhã de evento organizado pelas federações das indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). "Para garantir atendimento, vamos precisar operar mais térmicas", complementou Chipp, sinalizando uma mudança no modelo de abastecimento energético do País.

Chipp destacou que a geração elétrica a partir de fontes hídricas terá uma adição de cerca de 20 mil MW ao longo dos próximos anos. Desse total, porém, aproximadamente 200 MW serão atendidos por projetos com reservatórios, o que reduz a segurança do sistema. "A eólica suprirá a necessidade? Não podemos contar apenas com isso, por isso precisaremos das térmicas", alertou o diretor-geral do ONS.

Apagão. 
 
Não há riscos de apagão no mercado brasileiro em 2014, segundo Chipp. 
"Se a afluência no período seco de junho a novembro estiver próxima do valor esperado, não teremos problemas", enfatizou, em conversa com jornalistas, em evento, em São Paulo. "E se houver alguma visão do operador de que com a afluência que está chegando não haveria condições de atender trabalhando do lado da oferta, vamos propor outras medidas. Mas até agora não há necessidade", complementou o executivo, fazendo questão de minimizar o discurso de que o Brasil poderia sofrer novo apagão em 2014.



Embora adote um tom otimista, Chipp destacou que o País precisa hoje de qualquer oferta disponível de energia a partir de fontes seguras, caso das térmicas. A declaração foi dada após ser questionado a respeito da possibilidade de a Eneva (antiga MPX) enfrentar problemas de concluir seu projeto de expansão. "Hoje, qualquer energia firme que for colocada no sistema é importante. Não me refiro apenas a 400 MW, mas a 200 MW, 100 MW, o que tiver", destacou.

André Magnabosco, da Agência Estado
22 de maio de 2014

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