Não obstante a pobreza, a ignorância e a desinformação em meio à fartura, ainda se encontra por aqui muita generosidade, muita ingenuidade, muita boa vontade. Temos sido vítimas de dirigentes medíocres, mentirosos e ultimamente bandidos, que fazem com os recursos arrecadados o que lhes dá na telha.
Isto abre perspectivas mais sombrias para o ambiente em que vivemos, controlados pela vontade e decisões estratégicas dos senhores deste monstro que se denomina nova ordem um mundial, uma desordem sombria, fria e calculista, destinada a concentrar cada vez mais os recursos oriundos da produção e produtividade das nações, nas mãos de uns poucos internacionalistas.
A violência que o mundo conhece hoje se deve à pretensão imperial de impor um modelo político social ao mundo inteiro. Seja do império comunista patrocinado pelos capitalistas, sejam as pretensões de Hitler de impor o nacional socialismo a ferro e fogo, sejam as atuais pretensões dos capitalistas anglo americanos que iludem a submetem as nação com terrorismo.
Analistas destacados referem este processo como “o caminho para um violento choque entre civilizações”. As crenças, o ambiente, a memória genética dos asiáticos, dos africanos, dos europeus, dos americanos do norte, do centro ou do sul, são diferentes. É impossível imaginar que estes povos renunciem as doutrinas de sua origem para aceitar uma única e nova doutrina, mais ainda quando esta se distancia da natureza e das Leis Universais.
Cada etnia tem o direito de viver, organizar-se e venerar seus deuses, elegendo seu modelo político e social. Nenhuma nação tem o direito de meter o bedelho na organização de outra nação. Se algum nacional está insatisfeito com o seu ambiente e deseja eleger outro modelo, que se mude.
É bom lembrar que no próximo ano completamos meio século do início da ditadura militar, parte da estratégia dos dominadores do mundo, fenômeno que varreu toda a
América Latina, onde os militares atuaram como “representantes” das ideias da Guerra Fria, defender o mundo ocidental contra a ameaça comunista. Serviram, alguns sem a plena consciência, para abrir o caminho para a globalização.
América Latina, onde os militares atuaram como “representantes” das ideias da Guerra Fria, defender o mundo ocidental contra a ameaça comunista. Serviram, alguns sem a plena consciência, para abrir o caminho para a globalização.
Em vinte anos tornaram-se embaraçosos, perigosos até, para a estratégia dos anglo americanos e europeus que os aplaudiram, treinaram e “emprestaram” recursos massivos para melhorar a infra estrutura chancelada pelo FMI. A cobrança viria bem cedo. Os militares perderam a vez para os políticos “democratas” entraram em cena, para pagar os altos juros e deixar o caminho livre para a corrupção, que passou a ser regra do poder.
O magnata Rockfeller escolheu e convidou políticos, intelectuais e banqueiros desta e de outras nações latino americanas, para o Diálogo Interamericano. Entre os brasileiros estavam - (coincidência!) - Fernando Henrique, Luis Inácio, o Civita, o Safra... Na sequência o FHC foi eleito Presidente.
Passaria o bastão para o seu Luis que fingia ser um esquerdista e havia figurado como fundador do Foro de São Paulo, “para restabelecer a ideologia fracassada com a queda do Muro de Berlim”... E consequências para o império soviético. Mais um jogo duplo financiado por Fundações e Clubes bem conhecidos.
O resto vocês viveram e viram e sentiram na pele. Os “lideres” banqueiros, intelectuais, sindicalistas e empresários, “salvadores da pátria”, restauraram a “democracia” e pagaram a conta desnacionalizando o controle das empresas e dos serviços essenciais. Fazem o que querem. Deitam e rolam. Uns brasileiros têm consciência disto. Sabem que estamos jogando o destino da nação no lixo.
Colhemos o que plantamos. Vendemos nossa alma, nossa cultura e tradições ao diabo. Há muita diversão neste país onde a realidade transfigurada diz que estamos muito bem. Os fatos – violência, drogas, corrupção, insegurança até dentro de casa, homicídios, greves, apagões, manifestações, instituições transnacionais dando as cartas (Fifa, ONU, Banco Mundial...) dizem prá quem quer ouvir: estamos à beira do precipício global.
Vamos continuar no joguinho do faz de conta?
23 de março de 2013
Arlindo Montenegro
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