Os 40 anos da ponte Rio - Niterói estão sendo comemorados neste 2014 e o sistema GLOBO, hegemônico no estado do Rio, através de O GLOBO, iniciou neste domingo uma série de reportagens a respeito. Embora as manchetes sejam aparentemente negativas, os repórteres Chico Otávio e Bruno Góes não se deixaram patrulhar, mostrando que não é a ideologia que domina as redações - embora tente - mas a verdade.
Seis anos durou a obra, empresas foram afastadas, o ministro mudou-se - com a família - para o canteiro de trabalho. Houve mortes, sim, num tempo que a segurança do trabalho engatinhava no Brasil. Este Andreazza, aliás, não era um demagogo sorridente, como muitos pensam. Era da arma de Engenharia (de Combate) da AMAN, após o que cursou a antiga Escola Técnica do Exército, hoje IME (é mole!).
Encarar regiões inóspitas com a família era, então, e é até hoje, sacrifício natural entre os militares. Impressionante o orgulho demonstrado por engenheiros e operários entrevistados, com a obra mas, também, com os militares envolvidos, que "chegavam junto".
Quando um político hoje passa mais de 24 horas em região conflagrada, em meio à catástrofe? Faz um rolezinho de helicóptero, para fotos e vídeos, determina liberação de recursos que não chegam nunca e pronto. E agora querem assinar embaixo da obra!?
Construir a ponte foi uma epopéia como foi construir Brasília, embora esta última seja hoje área de homizío do que há de pior na política brasileira. Já a ponte, perguntem a cariocas e niteroienses...
23 de fevereiro de 2014
Roberto Viana Santos é General de Divisão na reserva.
Roberto Viana Santos é General de Divisão na reserva.
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