"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

APAGÃO NA POUPANÇA: DEPÓSITOS CAEM 84%


 
A diferença entre depósitos e resgates na caderneta de poupança --a chamada captação líquida-- foi 24% menor em janeiro que no mesmo mês do ano passado e ficou em R$ 1,744 bilhão, segundo dados do Banco Central. Em relação a dezembro, a queda foi ainda maior: 84%.

Em 2013, a captação líquida da caderneta ficou em R$ 71,048 bilhões, desempenho recorde anual. Os dados históricos do Banco Central mostram uma normalidade na queda da captação líquida entre os meses de dezembro --quando há pagamento de valores extras ao trabalhador, como 13º salário e bônus empresariais-- e janeiro, quando há cobrança de impostos, como o IPTU (do imóvel) e o IPVA (do automóvel) e despesas com matrícula escolar, o que pode reduzir o volume de dinheiro poupado.

Mas a redução entre os últimos meses de janeiro chama a atenção. Para consultores ouvidos pela Folha, o momento do Brasil --de pouco crescimento, inflação e juros altos, que encarecem as dívidas-- está menos favorável à poupança de recursos. "Nesse ambiente, o brasileiro tende a deixar de poupar, ou passa poupar menos, para ter recursos livres para pagar as dívidas que têm e continuar a consumir. Não vejo uma tendência de redução de consumo para poupar", afirma Valter Police, planejador financeiro.

"As pessoas estão tirando o dinheiro de seu colchão para fazer frente às obrigações, como o pagamento de dívidas, que estão ficando mais salgadas por causa do aumento de preços. Sobra menos dinheiro para guardar", acrescenta Mauro Calil, educador financeiro.
 
(Folha de São Paulo)
 
07 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks

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